CRI e CRA: A importância de ter investimentos de renda fixa

CRI e CRA: Construindo um futuro sólido com investimentos de renda fixa

Banco interno
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Muitas pessoas, apesar do interesse em aplicar o seu dinheiro e construir um patrimônio, têm certo receio de fazer investimentos muito arriscados.

Para esse público, os especialistas costumam recomendar os chamados investimentos de renda fixa, que são aqueles com os quais as pessoas têm menor probabilidade de sofrer grandes perdas.

Contudo, quando se fala em renda fixa, o mais comum é que se pense logo em tesouro direto e há diversos investidores que já aplicam dessa forma. Por isso, querem conhecer alguma opção diferente.

O CRI e o CRA são justamente essas opções novas para quem ainda quer mais segurança nas suas aplicações financeiras, mas fugindo do tradicional.

Se você se encaixa nisso e não sabe muito sobre CRI + CRA, continue lendo aqui para aprender tudo!

O que é CRI e CRA?

O que é CRI e CRA

Tanto o CRI quanto o CRA são títulos relacionados a recebíveis que as empresas tenham. O significado de CRI é Certificados de Recebíveis Imobiliários, enquanto o significado de CRA é Certificados de Recebíveis do Agronegócio.

Sendo assim, essas são aplicações que geram mais segurança e que são relacionadas a créditos que as empresas imobiliárias e do agronegócio tenham a receber.

Uma boa razão para que tanta gente esteja de olho no CRI e no CRA é que essas são aplicações isentas de imposto de renda! Dessa maneira, não há dúvida de que aquilo que é recebido pelo investidor é muito mais alto do que os lucros de quem opta por outras aplicações, que precisam estar na declaração de imposto.

A grande questão é que nem todos entendem o que são exatamente os recebíveis das empresas e como isso pode se transformar em lucro para quem aplica seu dinheiro. A seguir, a explicação sobre isso.

Como funcionam as CRI e CRA?

Como funcionam as CRI e CRA

Para explicar de forma mais clara o que são os recebíveis, é só pensar quando alguém vende usando cartão de crédito e pede à operadora uma antecipação. Nesse caso, essa pessoa vai receber mais cedo aquele dinheiro, podendo dispor dele da forma que precisar.

O mesmo acontece com o CRI e com o CRA, mas atrelado ao setor imobiliário e do agronegócio, respectivamente. Para melhorar o entendimento, vamos imaginar uma empresa que vá receber dos seus clientes apenas em dez anos, ou seja, um longo período de tempo. Empacotando os recebíveis e colocando-os dentro de um CRI, a empresa recebe mais cedo essa quantia, podendo empregá-la de acordo com a sua necessidade.

Usando uma empresa do agronegócio como exemplo, se a sua produção de X item fosse trazer lucro apenas em cinco anos, ela pode empacotar todos os recebíveis associados à sua produção e negociar como LCA. Com isso, ela recebe essa quantia antecipadamente.

Da mesma forma, ela vai receber esse capital mais cedo, enquanto os investidores cobram juros para antecipar esse dinheiro.

Quais os riscos de investir em CRI e CRA?

Riscos de CRI e CRA

Basicamente, dá para citar dois grandes riscos dos Certificados de Recebíveis, tanto no campo imobiliário quanto no agronegócio.

O primeiro é que o Fundo Garantidor de Crédito ou FGC não tem participação nesse tipo de aplicação financeira, ou seja, quem sofre qualquer prejuízo investindo dinheiro em CRI e CRA não é reembolsado.

Inclusive, é esse um dos pontos que fazem com que esse tipo de investimento seja diferente de outro título relativamente parecido, que é a letra de câmbio.

Outro problema é que o calote que a empresa imobiliária ou de agronegócio poderia receber acaba sendo assumido pelo investidor.

Por exemplo: a empresa imobiliária tem seu empreendimento vendido para X pessoas que acabam não pagando. Assim, é claro que o investidor que comprou CRI não vai ter lucros sobre recebíveis, o que reforça a importância de saber o que está dentro desse pacote de recebíveis.

É importante ressaltar que, de acordo com os especialistas, uma das maneiras de reduzir os riscos ao investir em CRI e CRA é acompanhar o que é chamado de nota de crédito (rating), nota estabelecida aos títulos por uma agência independente que visa averiguar seu risco de crédito. Essa nota ajuda a compreender o quanto aquela aplicação financeira é confiável.

Quais as vantagens de investir em CRI e CRA?

Vantagens de CRI e CRA

É claro que quem ouve falar em Certificados de Recebíveis quer saber quais são as vantagens que se pode ter fazendo esse investimento. De fato, há dois pontos muito positivos para quem decide aplicar nesse tipo de renda fixa e você os confere a seguir:

Não precisa pagar imposto de renda

Sempre que as pessoas fazem uma aplicação financeira e têm bom lucro, elas ficam divididas entre a felicidade pelo dinheiro e o desânimo por saber que parte dele vai ficar com a Receita Federal.

No entanto, quem opta por CRI ou por CRA não tem esse problema, levando em conta que não há nenhum pagamento de imposto de renda. O lucro é recebido por inteiro.

A lucratividade é mais alta

Mesmo que o Tesouro Direto agrade a muitos por causa da segurança, nem todo mundo que escolhe a renda fixa fica feliz com o lucro.

Assim, para quem deseja uma margem de retorno maior, os Certificados de Recebíveis são a escolha perfeita porque eles possuem um retorno potencial maior.

Quais as desvantagens de investir em CRI e CRA?

Desvantagens de CRI e CRA

Da mesma forma que o CRI e o CRA têm seus pontos positivos, quem quiser comprar esses recebíveis precisa ficar atento aos pontos de desvantagem:

Inexistência de reembolso

Como já dito, o fato de o Fundo Garantidor de Crédito não dar nenhum tipo de reembolso para quem for lesado é, claro, um problema e significa que o investidor poderá ter um prejuízo.

Liquidez não é simples

O problema de liquidez que o CRI e o CRA têm é bem parecido com o da LCI e LCA: não dá para recuperar o que se aplicou de forma imediata.

Sendo assim, a pessoa que compra recebíveis do agronegócio, por exemplo, e teve um bom lucro, precisa pedir o saque do valor e aguardar por certo período, que pode chegar a um mês. Também é possível tentar vender no mercado secundário, apesar de ser difícil.

Dessa falta de liquidez, para que os pagamentos dos lucros sejam imediatos, acaba desagradando a alguns investidores, que têm sempre de se planejar bem caso queira tirar alguma quantia da sua aplicação.

Como saber qual a melhor CRI e CRA para investir?

Escolher a melhor CRI e CRA

Existem duas coisas que devem ser consideradas quando alguém está considerando comprar recebíveis. A primeira é o fato de que não haverá nenhum pagamento por parte do FGC.

Isso significa que o investidor precisa ficar atento: se ocorrer um prejuízo com esse CRI e CRA, será alto o suficiente para prejudicar o patrimônio? Será possível se recuperar? Antes de aplicar dinheiro nesses recebíveis, é preciso considerar que, sem nenhuma garantia do FGC, qualquer prejuízo ficará por conta de quem investe.

Há pessoas que têm maiores condições financeiras e podem arcar com os prejuízos de um investimento, inclusive em CRI e CRA. No entanto, nem todos conseguem se recuperar facilmente sem ter a ajuda do Fundo Garantidor de Crédito.

Além disso, não se pode esquecer de que não existe apenas uma forma de CRI ou de CRA: eles são diversos e podem ter mais ou menos riscos. Sendo assim, é claro que quem aplica seu dinheiro tem de saber se tem maior apetite a risco ou se é mais tradicional e procurar por uma aplicação de recebíveis que se encaixe nisso.

Qual a diferença entre CRI e CRA?

Diferença entre CRI e CRA

A verdade é que o funcionamento do CRI e do CRA são iguais: trata-se de quantias que as empresas têm a receber e que são passadas aos investidores na forma de títulos securitizados.

Dessa forma, a pessoa compra esses títulos e fornece à empresa imobiliária ou do agronegócio o lucro que ele só receberia dentro de mais tempo. Em contrapartida, os juros relacionados a esses valores são pagos aos investidores na forma de juro e amortização, que não prevê imposto de renda.

Certamente, isso faz com que os investidores fiquem mais interessados em comprar os Certificados de Recebíveis Imobiliários ou do Agronegócio, sem se esquecer de que existe bastante variedade!

Qual o rendimento de um CRI?

Rendimento de um CRI

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários podem ter um rendimento pós-fixado, por exemplo, regime no qual os investidores precisam esperar os resultados do mercado para saber de quanto será o lucro.

Afinal, esse rendimento vai depender da taxa SELIC ou, dependendo de qual seja o título, do quanto o CDI apresentar.

Por outro lado, os investidores podem garantir que haja conhecimento prévio de quanto se vai ganhar e, para isso, é só escolher o rendimento pré-fixado. Sendo assim, vamos supor que esse rendimento seja de 9% ao ano: o investidor recebe essa informação previamente e já sabe que é aquilo que receberá como retorno.

Quem decide aplicar seu dinheiro em CRI precisa definir antecipadamente se quer que o rendimento seja do tipo pós-fixado ou pré-fixado, lembrando que isso depende bastante de qual é o perfil de quem está comprando os recebíveis.

Há quem goste de arriscar e conferir se a Selic ficará mais alta, trazendo rendimentos maiores; para esse público, o pós-fixado é o melhor tipo de investimento em CRI. No entanto, os conservadores que querem ter a certeza de quanto receberão como rendimentos costumam ficar mais confortáveis com a modalidade pré-fixada.

Qual o rendimento de uma CRA?

Rendimento de uma CRA

Para quem está pensando em comprar Certificados de Recebíveis do Agronegócio, as opções de rendimento são exatamente as mesmas do CRI.

Isso quer dizer que a pessoa que aplica seu dinheiro pode esperar para ver o desempenho da SELIC ou do CDI ou, se preferir mais segurança, pode contar diretamente com a taxa de rendimento previamente informada, o que remete ao rendimento pré-fixado.

Já para quem prefere as duas opções, existe sim uma forma de junção: é o rendimento chamado de híbrido. Ele pode determinar o seguinte: que o CRI em questão tem 9% de lucro a cada ano somado à taxa do IPCA.

Inclusive, quem quiser escolher o rendimento híbrido também para o CRI, pode fazer isso, já que todos os certificados têm a mesma forma de rendimento.

Quem pode emitir CRI e CRA?

Emitir CRI e CRA

Aqueles que podem emitir os Certificados de Recebíveis Imobiliários ou do Agronegócio são chamados de securitizadoras. Porém, o que seria isso?

É simples: são empresas privadas que têm autorização para trazer ao mercado esses títulos de recebíveis. Ao se contar com a assistência de um especialista, é possível entender mais sobre as securitizadoras e receber dicas sobre quais têm mais recebíveis negociados.

É importante que, ao escolher uma securitizadora, verifique-se a sua respeitabilidade a fim de se proteger de eventuais fraudes. 

Para que os riscos disso sejam diminuídos, todos os que estão em busca de CRI ou de CRA para comprar precisam buscar ajuda de alguém especializado, que possa indicar securitizadoras que sejam de confiança.

Caso contrário, existe uma probabilidade latente de se comprar recebíveis que não existam.

Conclusão

Conclusão sobre CRI e CRA

Aplicar o dinheiro tem sido a solução escolhida por cada vez mais pessoas para conquistar um patrimônio maior e para garantir uma reserva financeira.

Sem dúvida, essa é mesmo a indicação de quem trabalha com consultoria de finanças e existe uma aplicação especial para quem gosta de renda fixa: os recebíveis.

Essas são aplicações que podem ser no ramo imobiliário ou agronegócio e que são conhecidas como CRI e CRA.

Com lucratividade bem mais alta do que o comum para esse tipo de investimento, os recebíveis também têm alguns problemas, como não haver proteção do Fundo Garantidor de Crédito.