Entender o que é CDI é essencial para que você consiga fazer os melhores investimentos dentro do mercado. Esse indicador influencia diretamente na Renda Fixa, e por isso, é necessário acompanhar de perto as suas mudanças em geral.
Além disso, descobrir se ele é uma opção mais rentável do que a poupança também é uma informação interessante para se ter ao seu lado. Isso porque, muitos investidores, mesmo que conservadores, procuram multiplicar o seu dinheiro de maneira mais rápida do que a tradicional.
E para isso, o CDI pode ser a saída que você tanto procura, afinal, é possível colher frutos sem a necessidade de esperar muito. De toda forma, para entender melhor essa questão, é melhor conhecê-lo para conferir, de fato, o impacto dele no mercado.
E para descobrir o que é, além de todas as informações mais importantes sobre CDI, confira o artigo que preparamos a seguir!
O que é CDI?
Entender o que é CDI é essencial para compreender o seu impacto geral dentro do mercado de investimentos. A sigla de Certificado de Depósito Interbancário precisa ser compreendida para garantir maior conhecimento no momento das suas aplicações.
Basicamente, o CDI é um título de curto prazo, emitido por bancos, para captar o dinheiro necessário para o seu funcionamento. No entanto, é necessário entender que esses títulos não são disponibilizados para agentes individuais, ou seja, as pessoas “normais”, como nós.
Como a palavra “interbancário” indica, o CDI é feito apenas entre bancos, e por isso, não envolve pessoas físicas. Ele nada mais é do que o empréstimo de um banco para outro, operação que acontece diariamente, mesmo que muitos não saibam.
O prazo para o CDI vencer é de um único dia, afinal, como dissemos, essas operações acontecem todos os dias, sem exceção. Não existe CDI aplicado por mais tempo do que esse, e por isso, se ver informação do tipo por aí, tome muito cuidado.
Esse tipo de certificado existe apenas para garantir que o sistema financeiro funcione de forma correta. Isso porque, a sua razão de existir, é apenas para fazer com que todos os bancos do país consigam encerrar o dia tendo saldo positivo.
Isso, inclusive, é uma determinação do Banco Central, que busca manter a saúde financeira dessas instituições. Com elas conseguindo operar de forma estável no mercado, não existe motivo para se preocupar com a economia nesse sentido.
Contudo, nem sempre isso é seguido, afinal, um banco pode registrar mais saques do que depósitos em um dia. Isso traria prejuízos, colocaria a saúde financeira da instituição em risco, e, consequentemente, afetaria toda a economia do país.
E é justamente para evitar que isso aconteça, que o CDI existe. Afinal, basta que um banco pegue dinheiro emprestado com o outro. Para isso, basta emitir um certificado para o dia em que a operação acontece, e conseguir manter o equilíbrio diário.
Como o CDI afeta meus investimentos?
Ao ver que o CDI é um empréstimo feito de um banco para o outro, uma pergunta deve ser feita: como ele afeta meus investimentos? A resposta para isso pode ser complicada, porém, é bem simples, afinal, estamos falando sobre taxas de juros.
Sempre que um banco emite um certificado, uma taxa de juros também está envolvida na operação. Esse processo todo é registrado na Bolsa de Valores (B3), que realiza o cálculo de juros médio praticado em todos os CDIs do mercado no momento.
Com isso, o seu valor muda diariamente, sendo que, essa taxa em questão, é chamada de “taxa DI”, que também pode ser vista com o nome “taxa do CDI”. No geral, como isso afeta as operações bancárias em geral, também muda o sistema financeiro nacional.
O CDI, mesmo sendo alterado diariamente, tem os seus cálculos feitos com base em rendimentos do mês e do ano. Porém, como dissemos, essa tarefa de calcular CDI é feita pela B3, e por isso, não é necessário se preocupar com isso nesse momento.
Agora voltando a falar sobre a taxa DI: por estar envolvida diretamente com os bancos, ela afeta a rentabilidade de investimentos. Isso ocorre com títulos de Renda Fixa, um dos mais comuns de serem encontrados no mercado de maneira geral.
E é dessa forma que o CDI influencia nos seus investimentos, afinal, os juros cobrados nessas aplicações têm esse certificado como referência. Por esse motivo é tão comum encontrarmos essa sigla em várias operações relacionadas a vários títulos.
CDB, LCI, entre diversos outros, contam com um percentual do CDI divulgado, expresso, para informação dos investidores. No geral, quando o lucro rende abaixo da taxa DI, esses títulos não irão apresentar bons lucros, porém, quando o valor ficar acima, então a sua aplicação terá sido positiva.
Como funciona o CDI?
O funcionamento do CDI é simples, afinal, estamos falando apenas de um empréstimo de um banco para outro. Sendo assim, sempre que uma instituição necessitar de dinheiro para fechar as contas diárias com saldo positivo, será preciso emitir um certificado.
Isso pode parecer estranho, afinal, os bancos são concorrentes, e por isso, imagina-se que queiram se destacar mais no mercado. No entanto, para o bem de todo o sistema financeiro, esse tipo de operação acontece, todos os dias, o que é benéfico para todos.
De toda forma, o CDI é calculado diariamente apenas para garantir que o saldo dos bancos que atuam no Brasil fiquem positivos. Sendo assim, os valores são ajustados de acordo com a necessidade do mercado, facilitando a gestão financeira.
Em todo caso, esse tipo de aplicação só é permitido para essas instituições, apesar de ser possível aplicar em títulos ligados ao CDI. Acompanhar a movimentação do mercado é essencial para verificar se a taxa irá subir ou não dentro de determinados períodos.
Hoje, o CDI varia muito próximo da Selic, logo, se ela está em alta, o certificado também tende a subir de valor. O Banco Central é quem determina esses valores de todas as taxas, sendo assim, é interessante acompanhar todas essas movimentações.
Porém, saiba que, por mais que o CDI, atualmente, varie junto da Selic, essa não é uma obrigação. Logo, pode ser que uma taxa esteja alta e a outra em baixa, por exemplo, apesar desse tipo de cenário não ser o mais comum de encontrarmos.
Em todo caso, o funcionamento do CDI não é complicado, e por isso, entender ele é bastante simples, mesmo para iniciantes. A seguir, vamos te apresentar alguns investimentos que estão atrelados a esses certificados, para te ajudar a compreender melhor como o CDI funciona na prática.
Investimentos ligados ao CDI
Como já dissemos em nosso artigo, o CDI está diretamente atrelado a vários investimentos diferentes. Boa parte dos títulos de Renda Fixa que são comercializados atualmente contam com a influência deste certificado para influenciar em sua rentabilidade.
São muitos os investimentos que são atrelados ao CDI, porém, os que mais se destacam nesse sentido são os seguintes:
- CDB: são títulos usados pelos bancos para garantir que vão conseguir levantar recursos financeiros suficientes para sustentar as suas operações de crédito;
- LCI: as Letras de Crédito Imobiliário funcionam de maneira análoga ao CDB, mas em vez de lidar com os bancos, o levantamento de fundos é feito para o setor imobiliário;
- LCA: funciona como os outros dois que já foram apresentados, porém, é ligado ao levantamento de recursos para o setor do agronegócio;
- Debênture: são títulos de crédito levantados pelas empresas, para serem negociados no mercado de capital, com o intuito de financiar projetos, geralmente, de grande estatura;
- CRI: são ligados ao setor imobiliário e permitem que empresas consigam com o dinheiro gerado com os imóveis, mesmo antes do valor ser quitado pelo comprador;
- CRA: funciona da mesma forma do CRI, porém, é voltado para produtos do agronegócio, e não para o setor imobiliário;
- Fundos simples: voltados para iniciantes e conservadores no mercado, esses fundos permitem a compra de títulos públicos, além de outros que garantem um risco semelhante a esses, ou seja, baixo.
Como você pode ver, são muitos os investimentos atrelados ao CDI, e por isso é necessário estar atento. Conhecer a diferença entre CDB, LC, LCI e LCA é algo interessante para garantir que fará as aplicações de maneira correta, de acordo com seu objetivo.
Como investir em CDI?
Muitas pessoas podem se perguntar como investir em CDI, porém, essa alternativa não está disponível para ninguém, ao menos de forma direta. Como dissemos, apenas bancos podem negociar esses títulos, sendo impossível para pessoas físicas.
Claro que, se você for o dono de um banco, você tem essa opção, no entanto, caso não se enquadre, apenas desista. Procure por outros investimentos que estejam disponíveis para sua carteira, pois somente assim é possível progredir no mercado.
Contudo, não é possível investir em CDI, somente em títulos atrelados a ele, o que acaba dando o mesmo resultado. No tópico anterior do nosso texto, inclusive, apresentamos várias alternativas diferentes para a sua carteira.
Se você investir dinheiro em alguma das alternativas que foram apresentadas, vai ter feito investimento em título atrelado ao CDI. Assim como em todo investimento, caso os juros estejam altos, é possível conseguir aumentar o patrimônio que foi investido.
O CDI se tornou uma espécie de padrão no mercado, e por isso, muitos investimentos estão atrelados a ele. É por esse motivo que se tornou tão comum encontrarmos títulos que informam dados como “rende 110% do CDI”, ou informações parecidas a essa.
Portanto, fazer aplicações em títulos atrelados ao CDI, de maneira geral, é algo considerado positivo dentro do mercado atual. Isso porque, é esse certificado que acaba ditando o preço que será praticado em boa parte dos títulos disponíveis no mercado.
Por esse motivo, as aplicações em títulos atrelados ao CDI são tão vantajosas e desejadas pelas pessoas em geral. Fazer investimentos com base em boas taxas de juros é o objetivo de muitos investidores, sejam eles conservadores ou não.
Qual a desvantagem do CDI?
Tudo dentro do mercado conta com vantagens e desvantagens, e com o CDI não seria diferente. Porém, como você já sabe, não é possível que nós, pessoas físicas, façamos qualquer tipo de aplicação nesses certificados.
É importante frisar que não existe uma desvantagem do CDI diretamente, mas sim, dos investimentos atrelados a ele. Logo, títulos de Renda Fixa podem ser diretamente afetados por alguns dos pontos de destaque que vamos relatar aqui.
De toda forma, a grande desvantagem de aplicar em títulos atrelados ao CDI é quando a taxa de juros está muito baixa. Se a Selic estiver em 2% ao ano, por exemplo, é provável que o CDI não consiga render mais do que a inflação registrada.
Porém, isso vai depender de cada ano, e dos valores que vão estar vigentes dentro do cenário em que você estiver. Por isso, não deixe de analisar a sua situação com calma, separadamente, e não com base em dados aleatórios.
Também pode ser que alguns investimentos atrelados ao CDI não contem com o Fundo Garantidor de Crédito, o que exige um pouco mais de atenção. Porém, caso seja um CDB, esse risco não existe, pois o FGC continua garantindo o reembolso.
Em todo caso, assim como a Taxa Referencial, é calculado diariamente, e por isso, os valores precisam ser acompanhados de perto. Os números podem mudar todos os dias, exigindo um pouco mais de atenção por parte dos investidores.
O CDI, inclusive, é uma taxa referencial, afinal de contas, é usada como base para outras operações serem feitas. De toda forma, procure sempre estar atualizado em relação aos valores que são praticados entre as principais taxas dentro do mercado.
Onde o CDI rende mais?
Hoje, existem vários bancos que possibilitam o rendimento CDI para seus usuários, trazendo mais lucro. Apenas ao deixar o dinheiro parado na instituição, já é o suficiente para garantir que o valor irá aumentar, gradativamente.
Porém, os números mudam com grande frequência, e por isso, você precisa conferir os valores de perto sempre que possível. Os valores praticados hoje podem não ser os mesmos de outros períodos, e por isso, é essencial se manter informado em relação a essa questão.
De toda forma, durante o ano de 2022, algumas das instituições financeiras que mais se destacaram nesse sentido são as seguintes:
- PicPay: entre as contas digitais, é a que mais se destaca, rendendo 102% do CDI, desde que o saldo não ultrapasse R$ 100 mil, quando a taxa cai para 100%;
- 99Pay: com rendimento temporário de 220% do CDI para quem tem até R$ 500 aplicados, sendo que, se o valor for ultrapassado, a taxa cai para 100%;
- Neon: rende 100% do CDI, porém, a cada semestre, esse valor sobe 1%, sendo que o teto máximo para isso, que é de 104%;
- Bitz: rende 100% do CDI, desde que se tenha mais de R$ 10 em conta, além de disponibilizar liquidez diária para seus usuários;
- Digio: rende 100% do CDI, com o dinheiro da conta sendo investido diretamente em Renda Fixa, além de também ser possível fazer aplicações em títulos públicos.
Existem outras opções no mercado, no entanto, nem todas conseguem ser tão vantajosas quanto as que apresentamos. De toda forma, não deixe de analisar qual delas apresenta a melhor alternativa de acordo com o seu objetivo no mercado.
Além disso, apenas reforçando algo que não pode ser ignorado: os números mudam com grande frequência, e por isso, você precisa ficar atento. Atenção especial aos termos de uso e funcionamento dessas ferramentas é essencial para a sua gestão financeira.
O que é melhor: CDI ou poupança?
Uma dúvida muito comum de surgir para quem aplica dinheiro é descobrir se é melhor aplicar na poupança ou no CDI. Para responder isso, basta analisarmos a recente história que a poupança apresentou para o povo brasileiro em geral.
Hoje em dia, a poupança não apresenta grandes rendimentos, e isso já acontece há alguns anos, o que a tornou menos popular. Nos dias de hoje, o seu rendimento ultrapassa, em pouco, os 6% ao ano, valor considerado baixo de maneira geral.
Além desse ponto, você precisa também analisar o cenário econômico que o Brasil se encontra no momento. Dependendo da inflação, entre outros fatores, o rendimento conseguido com a poupança pode não ser tão alto quanto imaginado.
Dentro desse contexto, muitas vezes, o rendimento anual da poupança não supera nem mesmo a inflação, e por isso seu uso vem caindo. Hoje, é muito mais vantajoso aplicar em títulos atrelados ao CDI do que na poupança em si.
Hoje, um título precisa render cerca de 70% do CDI para superar os valores que são praticados pela poupança em geral. E a boa notícia é que, mesmo com o dinheiro parado em alguns bancos digitais, já é possível contar com números maiores do que esse.
Claro que não podemos dizer, de maneira definitiva, que o CDI é melhor que a poupança, pois isso vai depender do título que você investir. No entanto, saiba que existem diversos títulos que apresentam rendimento muito superior ao da outra opção.
O CDI rende diariamente?
Por fim, já entendemos o que é CDI, vários pontos de destaque em relação a ele, e resta apenas entender o seu rendimento. No entanto, também já abordamos esse assunto brevemente em nosso texto, logo, você já tem a resposta para essa questão.
O CDI rende diariamente, pois ele é calculado todos os dias pelo Banco Central para garantir a sua melhor aplicação. Por mais que muitos acreditem que ele também seja mensal ou anual, o que influencia os investimentos é calculado todos os dias.
De toda forma, essa taxa é estabelecida diariamente, para garantir que os bancos tenham condições de fechar o saldo no positivo. Caso os cálculos fossem feitos com outra frequência, essa meta do Banco Central seria difícil de ser batida.
Isso porque, se o número de saques acabar superando os depósitos em mais de um dia, será difícil manter as operações. Logo, o rendimento diário do CDI é uma necessidade, e não apenas uma convenção que acabou sendo criada pelo Banco Central.
Em todo caso, mesmo que seja um título que só tem validade de um dia útil, ainda assim, ele tem papel de destaque na economia. É preciso estar atento às atualizações, porém, isso não chega a ser um trabalho cansativo para os investidores.
Com isso, é possível aproveitar os seus rendimentos mesmo não sendo necessário esperar por um processo que pode demorar até mesmo anos.
Por fim, esse é o nosso artigo. Esperamos que, a partir daqui, não tenha mais dificuldades em entender o funcionamento dos investimentos ligados ao CDI.