Por: Fabricio Julião
Apesar de a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) desacelerar a 0,57% em abril, o setor de serviços ainda não oferece sinais de alívio, segundo economistas. Os dados de serviços, serviços subjacentes e ex-subjacentes aceleraram na comparação com o mês anterior, ligando um sinal de alerta para uma desaceleração mais lenta que o esperado nos núcleos.
“Serviços subjacentes vieram levemente acima, além de destaque negativo para a difusão. Sinceramente, esperava uma rodada adicional de melhora nesses indicadores, seguindo tendência das últimas 3 leituras. Não significa que estancou a melhora, mas precisaremos aguardar um pouco mais”, disse o economista-chefe da BGC Liquidez, Juliano Ferreira.
O especialista também destacou altas em comparação com o indicador de março nas categorias de aluguel residencial (0,53% ante 0,15%), condomínio (0,86% ante -0,03%) e passagens aéreas (11,96% ante -5,32%).
“Em geral, as claras melhorias marginais que vimos durante o segundo semestre de 2022 são muito mais mistas nos primeiros meses deste ano, deixando claro que estamos em uma parte mais difícil do processo de desinflação”, afirmaram os analistas do Santander Daniel Karp e Felipe Kotinda.
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SERVIÇOS
De acordo com estudo do TC Matrix, a difusão da inflação passou de 61,31% em março para 63,22% em abril. A média dos núcleos por exclusão ficou em 0,48% ante 0,46% observada no mês anterior. O grupo que reúne os custos associados a prestação de serviços acelerou para 0,54%, ante 0,30% no IPCA-15 de março. O de serviços subjacentes passou de 0,32% para 0,52% e o de serviços ex-subjacentes, saiu de 0,26% para 0,57%.
