Por Gabriel Ponte
O governo central, composto pelo Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social, registrou superávit primário de R$4,43 bilhões em dezembro, encerrando 2022 com superávit total de R$54,1 bilhões, no primeiro dado positivo para as contas do governo desde 2013.
Além de ter revertido o rombo do ano anterior, o superávit de 2022 superou a meta fiscal prevista de R$170,5 bilhões na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2021. O saldo primário indica que o governo gastou menos do que a arrecadação do ano, sem considerar as despesas com a dívida pública.
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O superávit do ano passado também foi superior ao estimado pelo Ministério da Fazenda para o período, de R$34,14 bilhões, segundo o mais recente Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas extemporâneo, de dezembro.
Em apresentação, o Tesouro pontuou que o superávit registrado em 2022 equivale a 0,5% do Produto Interno Bruto, constituindo o melhor resultado anual para o governo central desde 2013.
Para dezembro, o governo central registrou superávit de R$4,427 bilhões, acima do consenso de mercado que projetava superávit de R$2,8 bilhões no mês. Os dados são da Refinitiv. Em dezembro de 2021, o Tesouro reportou superávit primário de R$13,82 bilhões.
No mês passado, as despesas primárias do governo central caíram 0,6% em termos reais nacomparação anual, alcançando R$167,7 bilhões. Já as receitas líquidas caíram 0,7%, a R$172,2 bilhões.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, concederá coletiva de imprensa às 13h00 para comentar os números.
