Por: Fabricio Julião
As taxas dos juros futuros tinham queda na abertura desta sexta-feira, após encerrarem em alta acentuada na véspera, e em linha com queda das taxas no exterior. Movimento ocorre mesmo depois de a prévia do Ìndice de Preços ao Consumidor, o IPCA-15, de março desacelerar menos que o previsto.
Por volta das 10h00, os DIs mais curtos caíam acentuadamente. O contrato com vencimento em Jan/24 tinha queda de 15 pontos-base, a 13,02%, enquanto o DI com vencimento para Jan/25 despencava 24 pontos-base, a 11,86%, e o para Jan/27 cedia 18 pontos-base, a 12,17%.
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As taxas mais longas também recuavam, mas com menos intensidade. O DI com vencimento em Jan/29 caía 15 pontos-base, a 12,70%, enquanto os DIs com vencimento em Jan/31 e Jan/33 recuavam 13 pbs e 8 pbs, a 13,01% e 13,16%, respectivamente, à medida que o dólar futuro subia 0,60%, a R$5,339.
Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) informou que o IPCA-15 teve desaceleração para 0,69%, acima do consenso do mercado que era de 0,65%.
O dado reforça a postura ainda cautelosa do Banco Central em não dar o braço a torcer no que diz respeito ao aperto monetário prolongado. O BC comunicou na quarta-feira que “não hesitará” em retomar o ciclo de ajuste caso seja necessário para conter a inflação e as expectativas inflacionárias.
Segundo o especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, Ricardo Jorge, a notícia mais relevante sobre o IPCA-15 foi em relação aos núcleos, que vieram em desaceleração.
“Os DIs caíram aproximadamente 12 pontos logo na abertura justamente por conta desses núcleos que vieram bem melhores do que o histórico recente”, destacou.
No exterior, o juro projetado pelo título do Tesouro dos Estados Unidos de 1 anos cedia 22 pontos-base, a 3,610%, diante da apreensão com a situação dos bancos.
