Por: Patricia Lara
O Ibovespa abre a sessão desta segunda-feira em queda, com investidores penalizando ações de empresas ligadas a commodities, após o minério de ferro despencar no exterior diante de perspectivas céticas sobre recuperação da demanda chinesa. Em meio à busca de recursos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai estudar a possibilidade de acabar com os juros sobre capital próprio (JCP).
Por volta das 10h30, o Ibovespa caía 0,93%, a 103.444 pontos, dando sequência às perdas registradas na semana passada. O índice IMAT, uma carteira teórica de ativos representativos do setor de materiais básicos, perdia 2,76%, aos 5.042,75 pontos, no mesmo horário.
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As ações ON da Vale (VALE3) caem 3,19%, liderando as perdas por pontos do Ibovespa ao retirarem mais de 400 pontos do índice. O minério de ferro encerrou a sessão na bolsa chinesa de Dalian em queda de 3,09% na última madrugada.
A pressão negativa do tombo do minério de ferro e produtos siderúrgicos também era sentida nos papéis ON da CSN Mineração (CSNA3), que perdiam 4,29%, a R$4,46, e nas PN da Gerdau (GGBR4), que cediam 3,44%, a R$11,48.
Os papéis ON da MRV (MRVE3) prolongavam queda para 6,44%, a R$6,38, sendo a maior queda percentual do índice.
Segundo análise gráfica da Ágora, o Ibovespa atingiu na última sessão o primeiro objetivo baixista que projetava na região dos 103.000 e caso nesta semana perca este suporte, ganhará força na venda para seguir em direção ao segundo objetivo que aponta para o fundo do ano passado formado aos 95.000 pontos.
Na ponta das altas, as ações ON da PRIO (PRIO3) subiam 2,59%, a R$34,88, e respondiam pelo maior ganho e principal contribuição em pontos positivos para amortecer a queda do Ibovespa.
O recuo do mercado local destoa do rumo de Nova York, onde o S&P 500 subia 0,12% e o Nasdaq avançava 0,19% nesta manhã antes de uma série de balanços de grandes empresas de tecnologia na semana, incluindo a Alphabet, Microsoft , Amazon e Meta.
