Veja os principais acontecimentos políticos que podem mexer com os mercados

Por: Stéfanie Rigamonti

A seguir, as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.

DESTAQUES DO DIA

Mesmo com traições pontuais do PSD e do União Brasil, e com a candidatura de Eduardo Girão (Podemos) podendo provocar um segundo turno, Rodrigo Pacheco (PSD) ainda é favorito e deve se reeleger na disputa pela presidência do Senado. Uma fonte a par das articulações na Casa Alta afirmou que Rogério Marinho (PL) não tem a menor chance, porque Pacheco está dando dinheiro aos senadores via emendas individuais, as RP2. (Scoop by Mover)

Ainda assim, Pacheco ficará mais frágil na Casa Alta por bancar a indicação do senador Davi Alcolumbre (UB) para a reeleição no comando da Comissão de Constituição e Justiça. Enquanto isso, a candidatura Marinho à presidência do Senado ganha musculatura, justamente pela insatisfação de parlamentares com a manutenção de Alcolumbre na CCJ. (Scoop by Mover)

Na Câmara, Arthur Lira (PP) tem apoio amplo para seguir mais dois anos no comando da Casa. A eleição nas duas casas acontecerá após a posse de todos os 513 deputados federais e de um terço do Senado, ou 27 senadores, eleitos em outubro do ano passado. (Folha)

O Banco Central do Brasil deve decidir por manter inalterada a taxa básica de juros Selic em 13,75% na reunião de hoje, confirmando a expectativa do mercado, que buscará sinais no comunicado do Comitê de Política Monetária, o Copom, sobre como seus membros avaliam a elevação das expectativas de inflação, após declarações polêmicas do governo em relação à meta de inflação. (Mover)

ECONOMIA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pediu voto de confiança aos banqueiros na condução da política econômica do governo e na questão fiscal durante encontro na véspera com o conselho da Federação Brasileira de Bancos, Febraban, disse um executivo que esteve na reunião. Ele disse que houve muitos ruídos no início da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reiterou que até o fim de abril pretende enviar proposta do novo arcabouço fiscal, reiterando que sua equipe econômica busca uma regra “crível e exequível”. (Valor)

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), informou que os computadores que são “cérebro” do cadastro de brasileiros que recebem benefícios sociais sofreram apagão de energia elétrica em agosto, interrompendo diversos serviços. Esse evento permitiu que pessoas entrassem no então Auxílio Brasil sem filtros de checagem. Dias disse que o sistema está sendo reativado e deve estar disponível no começo deste mês. (O Globo)

Em 2022, um ano após a pior crise hídrica em 91 anos no Brasil, o país atingiu recorde de geração de energias renováveis, segundos dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, CCEE. (Valor)

POLÍTICA

Independente do resultado da eleição para presidente do Senado, o senador Marinho está se consolidando como uma das principais lideranças na oposição ao governo de Lula. Resta apenas saber se Marinho vai adotar postura mais radical, aliando-se aos bolsonaristas e apostando no confronto institucional, ou se estará mais posicionado ao lado do “Centrão”. Segundo fontes, nem no PL ele é unanimidade e não deve conquistar 100% dos votos do partido. (Estado)