Por: Fabricio Julião
O Ibovespa operava perto da estabilidade na abertura do pregão desta terça-feira, influenciado por receios de um arcabouço fiscal com mais isenções sobre itens que alavancam os gastos públicos.
Por volta das 10h50, o principal índice da bolsa brasileira caía 0,04%, aos 105.968 pontos.
A manhã de hoje foi de otimismo por parte do mercado com a perspectiva de, enfim, o governo entregar o texto da nova regra fiscal ao Congresso Nacional hoje. As expectativas foram confirmadas pela manhã pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), em entrevista à rádio CBN.
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No entanto, após a notícia publicada pela Folha de S.Paulo sobre a retirada de mais de dez itens dos limites de despesas do texto final do arcabouço fiscal, o mau humor passou a vigorar na cena local. Os contratos de juros futuros reverteram o movimento e passaram a subir acentuadamente, o dólar futuro virou e também passou a acelerar, e o pessimismo generalizado com os rumores levou à aversão ao risco dos investidores na bolsa.
No exterior, o crescimento acima do esperado da economia chinesa no primeiro trimestre surpreendeu o mercado. O Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático acelerou 4,5% entre janeiro e março, acima do consenso de 4,0%, reduzindo as expectativas de desaceleração da atividade global e dando suporte aos ativos de risco nesta manhã.
O avanço da economia chinesa impactava diretamente as ações ON da Vale (VALE3), que subiam 1,22% na B3 e tentavam impulsionar o Ibovespa em meio à maré negativa. Já os papéis dos setores de Bancos e Varejo operavam no vermelho, impactados pelas incertezas da política fiscal brasileira.
