Por – Gabriel Ponte e Luca Boni
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Os principais índices acionários dos Estados Unidos encerraram a sessão desta quarta-feira sem direção definida, com novos temores de uma crise bancária após o tombo das ações do Credit Suisse que trouxe preocupações sobre o futuro das operações do banco suíço.Os índices S&P500 e Dow Jones fecharam em quedas de 0,70% e 0,85%, respectivamente. Na ponta oposta, o Nasdaq 100 avançou 0,05%. Por volta das 17h00, o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas pares, avançava 0,97%, aos 104,6 pontos.
As ações do Credit Suisse listadas na NYSE despencaram 13,94%, renovando a mínima histórica de fechamento, de US$2,16, com temores acerca da saúde financeira da instituição. Ontem, o banco suíço reportou ter encontrado “fraquezas materiais” nos controles internos de divulgação de resultados financeiros, segundo auditoria realizada pela PricewaterhouseCoopers.
Hoje, o presidente do Banco Nacional Saudita e investidor de referência do CS, Ammar Al Khudariy, descartou em entrevista a uma agência de notícias injetar novos recursos na instituição. Ao fim da tarde, reguladores da Suíça pontuaram que o banco central do país pode fornecer liquidez ao CS, caso necessário.
“Qualquer coisa negativa de qualquer instituição altamente visível, como é o caso do Credit Suisse, terá um efeito cascata em todo o setor financeiro”, disse o diretor-gerente de negociação de ações da Wedbush Securities, Michael James, a uma agência de notícias.
Os papéis do First Republic Bank e do PacWest Bancorp recuaram 21,37% na NYSE e 12,87% na Nasdaq, respectivamente. A negociação das ações de ambos foi interrompida diversas vezes, em razão da volatilidade, com temores envolvendo o CS.
Também mais cedo, dados do Departamento de Comércio americano mostraram que as Vendas no Varejo dos EUA recuaram 0,4% em fevereiro na comparação mensal – o consenso Mover previa queda de 0,3%.
No mercado de derivativos, investidores aumentaram as apostas de manutenção dos juros americanos no intervalo entre 4,50% e 4,75% na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) da próxima semana, a 49,1%, ante 30,6% ontem.
