Por Giovanni Porfírio
As ações da Sabesp (SBSP3) caem na manhã desta sexta-feira, após a estatal paulista reportar um resultado do quarto trimestre de 2022 pressionado por maiores despesas e menores tarifas.
Perto das 11h22, as ações ordinárias da companhia recuavam 5,52%, a R$ 45,55, em linha com a queda do Ibovespa, que caía 0,06%, a 97.863 pontos.
Entre os meses de outubro e dezembro, a Sabesp reportou lucro líquido de R$642,2 milhões, alta de 13,2% na base anual, mas abaixo do consenso Mover de R$760,5 milhões. O aumento do resultado reflete o crescimento de 17% na receita operacional líquida do período, para R$5,93 bilhões.
Em relatório, analistas do Itaú BBA destacaram que, apesar do crescimento de lucro e receita, a Sabesp apresentou resultados ruins, pressionados por tarifas médias mais baixas, forte aumento nos custos e maiores despesas com inadimplência.
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O banco, no entanto, reiterou recomendação “outperform”, equivalente a compra, para os papéis da companhia, prevendo melhores resultados para a empresa nos próximos trimestres, “dado o impacto positivo da revisão tarifária extraordinária e a possível redução de custos a serem entregues pela nova administração”. O time de analistas liderado por Marcelo Sá espera que o processo de privatização da companhia avance em 2023.
O Itaú BBA estabelece preço-alvo de R$74,90 para a ação da Sabesp, indicando um potencial implícito de alta de cerca de 65% em relação aos patamares atuais.
Também em relatório, o analista do TC Matrix, Arlindo Nonato, também destacou o impacto de maiores custos e despesas no resultado do período, além de provisões mais altas.
O TC Matrix, que tem recomendação de “compra” para as ações da empresa, com preço-alvo a R$ 61,00, baseia sua tese na característica defensiva do ativo, oportunidades de crescimento oriundas do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, além de uma possível privatização.
A teleconferência de resultados da Sabesp será realizada na próxima terça-feira, dia 28 de março, às 11h00.
