Por Luca Boni
O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (29) em alta, interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas, com investidores refletindo declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a divulgação de indicadores econômicos. Há pouco, logo após o fechamento dos mercados, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação para 2026 em 3%. O Ibovespa avançou 1,46%, aos 118.382 pontos. A sessão teve volume de R$19 bilhões, considerado mediano.
Em coletiva nesta manhã para comentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), Campos Neto afirmou que “a interpretação do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) vai de cada um”, mas que “a intenção era deixar a porta aberta para corte dos juros em agosto”.
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Também hoje, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de junho, que registrou deflação mensal maior do que a esperada pelo mercado.
Na bolsa, as ON do Pão de Açúcar dispararam 13%, na maior alta diária desde março de 2021, após a companhia ter recebido uma oferta não solicitada de US$836 milhões por sua participação na varejista colombiana Éxito.
As ON da YDUQS subiram 10,08%, e figuraram entre as maiores altas percentuais. Segundo o diretor de research da Quantzed, Leandro Petrokas, “o papel está muito forte desde a divulgação dos resultados do primeiro trimestre e hoje foram beneficiados por um movimento comprador que o mercado mostrou em relação as small caps e ações mais sensíveis à taxa de juros”.
Colaborando em pontos para o Ibovespa, as ON da B3, da Vale e as PN do Itaú avançaram 4,95%, 1,22% e 1,21%, respectivamente.
Entre as quedas, destaque para as ON da 3R Petroleum, as Units da Klabin e da Taesa, que caíram 1,04%, 0,64% e 0,30%, respectivamente.
Há poucos minutos, o CMN divulgou que definiu a meta de inflação para 2026 em 3%, com bandas de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos. O CMN também alterou o sistema de perseguição à meta, passando de ano calendário para meta contínua a partir de 2025.
