Por Patricia Lara
O UBS-BB elevou as projeções de lucro e o preço-alvo da XP Inc., citando que a empresa de investimentos tem se beneficiado da melhora do ambiente macroeconômico e da recente contração significativa da curva de juros futuros no Brasil.
O preço-alvo para a ação, que é negociada na bolsa americana Nasdaq, foi elevado de US$21 para US$28, com a manutenção da recomendação de compra, de acordo com relatório assinado pelos analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Beatriz Shinye com data de 19 e junho.
O UBS-BB afirma que a queda das taxas dos títulos é importante não só para a taxa de desconto da XP, mas também para reduzir a inércia dos clientes de varejo, já que eles conseguem receber mais de 1% de rendimento nominal ao mês em investimentos de risco muito baixo, como títulos do governo ou instrumentos bancários de grande capitalização.
A previsão para o lucro da XP Inc. foi elevada em 8% em 2023, para R$3,9 bilhões, e em 3% para 2024, para R$4,5 bilhões.
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O UBS- BB cita ainda que a XP está sendo negociado com desconto para a Charles Schwab, uma empresa multinacional americana de serviços financeiros, mesmo com a maior taxa de crescimento do grupo brasileiro.
Itaú
De acordo com os analistas, o Itaú Unibanco (ITUB4) não deve vender uma fatia relevante na XP abaixo do preço de aquisição dos ativos. O Itaú Unibanco detém atualmente 55,8 milhões de ações da XP, o equivalente a US$1,2 bilhão. O banco comprou essa participação em abril de 2022 e pagou cerca de R$$126 por ação, ou cerca de US$26, considerando o câmbio atual. Nesse preço, contudo, o banco pode ficar inclinado a vender parte da sua fatia.
Já a Itaúsa, holding do Itaú, possui outra fatia de 4,4% e vendeu ações da XP nos últimos anos. A aquisição foi a um valor muito menor do que a do banco, e a holding não parece ser sensível ao preço em processo de desinvestimentos. O preço médio de venda da Itaúsa foi de US$23 por ação, ou R$113.
Perto das 11h27, as ações da XP Inc. subiam 3,34%, a US$22,83, em Nova York.
