Por Patricia Lara
O setor industrial brasileiro apresentou expansão em março ante fevereiro acima do esperado, interrompendo uma sequência de dois meses com contração. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor industrial apresentou variação 1,1% em março, ante fevereiro, com consenso apontando para uma alta de 0,8%. Na comparação anual, a produção teve expansão de 0,9%, ante expectativa de avanço de 0,4%.
Em março, a maior parte das atividades também ficou no campo positivo e a indústria marcou um crescimento que não era visto desde outubro do ano passado, quando subiu1,3%. “Há uma melhora de comportamento da produção industrial, especialmente considerando esse crescimento de magnitude mais elevada, mas ainda está longe de recuperar as perdas do passado recente”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.
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Entre as 25 atividades pesquisadas na PIM, 16 apresentaram expansão. Entre os desempenhos mais robustos estiveram os ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%).
O setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, já havia crescido 0,5% no mês anterior. “Como esse segmento tinha registrado queda em janeiro e dezembro, vem de base de comparação depreciada. Também podemos destacar o aumento na produção de itens como gasolina automotiva e óleo diesel entre os fatores que impulsionaram esse crescimento”, segundo Macedo.
Por outro lado, o segmento de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com queda de 4,7%, exerceu a principal influência entre as oito atividades que recuaram no mês. O setor havia crescido por três meses consecutivos, acumulando ganho de 13,5% no período.
