Por Gabriel Ponte
Os principais índices acionários das bolsas americanas encerraram a sessão desta quarta-feira (26) sem direção única, com os investidores acompanhando a mais recente decisão de juros do Federal Reserve. A autoridade monetária elevou a taxa de referência dos Fed Funds ao maior nível em mais de duas décadas, e deixou a porta em aberto para altas adicionais ao longo do segundo semestre.
Os índices S&P500 e Nasdaq 100 fecharam em queda de 0,02% e 0,40%, respectivamente. Na ponta oposta, o Dow Jones fechou em alta de 0,23%, a décima terceira alta consecutiva — alcançando a maior sequência desde 1987. Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos perdiam 2,7 pontos-base, a 4,852%, e os de dez anos, 1,9 pbs, a 3,869%.
Mais cedo, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) elevou os juros em 25 pontos-base, para o intervalo entre 5,25% e 5,50%, em linha com o consenso dos investidores. Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o banco central continuará a adotar uma abordagem dependente de dados para determinar a extensão apropriada de eventuais novas altas nas próximas reuniões.
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Powell também disse, na coletiva, que um corte de juros era altamente improvável neste ano. Em nota a clientes após a decisão, o Goldman Sachs disse acreditar que o comunicado do Fed não sinalizou um menor ritmo de aperto monetário no futuro. O Goldman, porém, projeta que o Fed manterá o juro inalterado na reunião de setembro.
Nos mercados acionários, os papéis tecnológicos tiveram desempenho misto ao longo da sessão, após a divulgação de balanços trimestrais de companhias, como da Microsoft e da Alphabet. No caso da Microsoft, a companhia apresentou um plano de gastos agressivo para atender à demanda por novos serviços baseados em Inteligência Artificial. Os papéis do setor, cotados na Nasdaq, perderam 3,72%.
Já na ponta positiva, as ações da Alphabet, holding controladora do Google, subiram 5,78%, após a companhia exceder as expectativas de analistas, diante de uma sólida demanda pelos serviços de nuvem. Os papéis também são cotados na Nasdaq.
