Por Luca Boni
O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira (22) em queda, em movimento de correção, após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 13,75% ontem à noite e o Banco Central adotar um tom mais duro que o esperado em relação ao afrouxamento da política monetária brasileira no comunicado divulgado após a decisão. As ações da Petrobras e de outras blue chips pressionaram o índice, em um dia predominantemente negativo para a bolsa. O Ibovespa recuou 1,23%, aos 118.934 pontos. A sessão teve volume de R$18 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
Para o economista e analista da Eu me banco, Fabio Louzada, a queda de hoje no Ibovespa ocorreu em um movimento de correção, após diversas altas seguidas em junho. Louzada afirmou que o comunicado do Copom frustrou o mercado, que esperava alguma indicação de queda de juros em agosto, o que não aconteceu. O economista espera um possível início de corte da Selic a partir de setembro.
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As ON da Eztec, da Magazine Luiza e as PN da Alpargatas perderam 6,64%, 5,05% e 5,95%, respectivamente, figurando entre as maiores quedas percentuais do índice.
As ações do setor Financeiro pressionaram o Ibovespa. As PN do Bradesco e as ON da B3 e do Banco do Brasil recuaram 2,61%, 3,01% e 1,90%, respectivamente. O Índice Financeiro recuou 1,87%.
As ON e PN da Petrobras caíram 1,65% e 1,26%, respectivamente, em linha com a forte queda de mais de 4% do contrato futuro do petróleo Brent, pressionado pelo aumento do temor por uma recessão global, devido ao ambiente de juros mais alto nas maiores economias mundiais.
Em uma sessão predominantemente negativa para o mercado, apenas 9 dos 86 ativos que compõem o Ibovespa operaram no campo positivo, com destaque para as ON da Ambev, da Hapvida e da Vibra, que avançaram 1,77%, 0,95% e 0,83%, respectivamente.
No campo político, o coordenador do grupo de trabalho da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, deputado Reginaldo Lopes (PT), afirmou que o relatório do projeto será finalizado ainda hoje, mas deverá sofrer mudanças até a primeira semana de julho, quando será realizada a votação na Casa.
