Ibovespa avança impulsionado por Petrobras após reajuste de preços da gasolina

Exterior opera com cautela e aversão ao risco à espera dos PMIs americanos

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Por Gabriel Brondi

São Paulo, 24/1/23 – O Ibovespa tem uma alta moderada nesta manhã, impulsionado pelas ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da Petrobras. Os papéis da petroleira reagem ao anúncio de reajuste dos preços da gasolina a distribuidoras em 7,5% a partir de quarta-feira, de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro. Movimento que acaba se sobrepondo ao ambiente externo negativo.

Perto das 10h15, o índice de referência da B3 avançava 0,72%, aos 112.539 pontos, com os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras hidratando o Ibovespa em quase 200 pontos, com altas de 1,64% e 1,70%, respectivamente.

No mercado de juros futuros, o contrato com vencimento para janeiro de 2025 tinha taxa de 12,81%, em recuo de 4 pontos-base, enquanto o vencimento para janeiro de 2031 tinha taxa de 13,23%, em queda de 1 pontos-base.

Nesta manhã, após avançar 0,52% no mês anterior, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou alta de 0,55% para a prévia da inflação ao consumidor de janeiro conhecida como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15. Segundo especialistas, este avanço se deu principalmente por conta da pressão do setor de saúde e itens de alimentação e bebidas. Na variação anual, o IPCA-15 acumula alta de 5,87%, enquanto o consenso esperava uma alta mais branda de 5,83%.

No mercado externo, a aversão ao risco e cautela predominam após os fracos dados de atividade na Europa. Investidores agora aguardam o índice de gerentes de compras composto dos Estados Unidos. A expectativa é que a prévia do PMI Composto de janeiro continue menor do que 50, sugerindo arrefecimento da economia, o que tende a realimentar as expectativas para um ritmo mais brando de alta de juros norte-americanos na reunião do Federal Reserve no dia 1º de fevereiro. Após duas altas consecutivas liderados por techs, o futuro do principal índice americano, S&P500, ensaia uma correção em recuo de 0,20%, por volta das 8h50.

Por aqui, a viagem da equipe de Lula à Argentina segue no radar. Na véspera, declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre a possibilidade de o Banco do Brasil financiar exportações brasileiras ao país vizinho levaram as ações do banco a fecharem em queda de 0,75%, em uma reviravolta da alta de 2,9% marcada na máxima do dia. Haddad disse ainda que é preciso tranquilidade para debater meta de inflação, segundo os jornais, e afirmou que um acordo para fomentar o comércio bilateral com a Argentina não inclui a criação de uma moeda única nos moldes do euro.