Ibovespa tem leve queda com suporte de inflação de serviços no Brasil e pressão do exterior

Confira o fechamento da Bolsa brasileira nesta quinta (11)

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Por Luana Franzão

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (11) em leve queda, pela nona sessão consecutiva. De um lado, o índice encontrou suporte nos dados melhores da inflação de serviços no Brasil em julho, que abrem espaço para a continuidade de corte de juros. Por outro lado, a alta nos rendimentos dos títulos da dívida americana pesou no mercado, diante do menor apetite ao risco.

O Ibovespa fechou em queda de 0,24%, aos 118.065 pontos. A sessão teve volume de R$19,4 bilhões, acima da média dos últimos 50 pregões. Na semana, o índice acumulou queda de 1,21%.

No início da tarde, o Ibovespa passou a cair pressionado pelas “blue chips”, os papéis mais negociados da bolsa brasileira. Embora tenham aliviado as perdas na reta final da sessão, as ações de grande peso mantiveram o índice no vermelho – Vale ON, Eletrobras PNB, Petrobras PN e Bradesco PN caíram 0,83%, 0,96%, 0,23% e 0,58%, respectivamente.

O movimento das Treasuries pesou sobre o desempenho do Ibovespa. A trajetória no exterior já era de maior pressão após a inflação ao produtor americano de julho vir acima das expectativas, o que pode endossar uma postura contracionista para a política monetária nos Estados Unidos. Assim, a menor demanda por risco levou as taxas das Treasuries de dez anos a subir, movimento que ganhou força ao longo da tarde.

Por outro lado, a leitura positiva dos núcleos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ajudou a evitar maiores perdas do Ibovespa, em especial no caso da inflação de serviços. Mais cedo, em evento em Curitiba, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que o IPCA veio um pouco acima do esperado em julho, mas observou que o segmento de serviços teve melhora.

Na frente corporativa, as ON da Locaweb figuraram como a maior queda percentual do pregão, de 8,08%, com a divulgação de um balanço negativo do segundo trimestre.

Entre as maiores quedas percentuais também estavam as ON do Grupo Soma e da Rumo, e as PN da Azul, caindo 7,31%, 4,92% e 6,42%, na sequência.

Outros balanços trimestrais positivos, porém, ajudaram a impulsionar alguns papéis. Foi o caso da YDUQS, que reverteu o prejuízo no segundo trimestre e mostrou o avanço do segmento de Educação à Distância (EAD) – a ação da empresa avançou 8,16%.

O balanço da Sabesp também superou os consensos de lucro e EBITDA, levando a companhia à segunda maior alta do pregão, com as ON subindo 5,64%.