São Paulo, 30/7/2024 – A Petrobras deve aprovar dividendos regulares de US$2,6 bilhões, ou quase R$15 bilhões no câmbio atual, junto com o balanço do segundo trimestre, segundo projeções compiladas pela Mover, o que representaria retorno ao acionista com proventos próximo de 3%.
A maior petroleira da América Latina reporta resultados em 8 de agosto, e a expectativa do mercado aponta para um ganho operacional medido pelo EBITDA ajustado de cerca de US$12,4 bilhões, leve recuo ante os US$12 bi do 1T24, mas acima dos US$11,4 bi do 2T23.
No período entre abril e junho, a Petrobras produziu 2,69 milhões de barris de óleo equivalente por dia, com recuo sequencial de 2,8%, porém alta de 2,4% em base anual, de acordo com números divulgados ontem à noite.
No trimestre, os preços do Brent avançaram 4% frente ao 1T, enquanto o real desvalorizou 5%, efeitos compensados pela produção menor e pelos resultados em refino, afetados por maior deságio ante preços internacionais, levando a “desempenho global mais fraco” na comparação trimestral, segundo o BTG.
“Dito isso, não prevemos que os investidores sejam negativamente surpreendidos, uma vez que estes fatores já estão bem contabilizados”, escreveu o time do BTG, acrescentando que o foco deverá estar no nível de investimentos, que poderá sinalizar uma maior geração de fluxo de caixa.
Até o momento, a Petrobras está com investimentos em ritmo 30% abaixo da estimativa oficial para o ano, segundo o BTG.
O trimestre da Petrobras também deve mostrar efeitos de acordo tributário com o governo federal. A XP estima que o lucro líquido da Petrobras deve ficar em apenas US$146 milhões devido a esse impacto. Desconsiderado esse efeito não recorrente, o lucro chegaria a US$3,5 bilhões, segundo o UBS-BB, ou US$2,8 bilhões, segundo o BTG.
Confira abaixo o resumo das projeções compiladas pela Mover: