Por Luca Boni
O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (28) em alta, impulsionado pelas ações da Vale e dos bancos. O pregão foi marcado pela baixa liquidez, com o mercado local atento aos novos estímulos na China e às declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O Ibovespa fechou em alta de 1,11%, aos 117.120 pontos. A sessão teve volume de R$13 bilhões, registrando o quarto menor volume do ano.
Segundo o sócio-fundador da GT Capital, Marcus Labarthe, o mercado começou a semana mais lento, mas apoiado pelo cenário financeiro na China, onde o governo cortou o imposto sobre transação em ações para estimular os investidores A decisão puxou outras bolsas além da brasileira.
Investidores também digeriram as falas de Roberto Campos Neto, afirmando que a alta do IPCA-15 em agosto indica “mais ou menos” a trajetória que o Banco Central esperava para a inflação. Ele disse que o núcleo dos preços de serviços, que está sendo acompanhado de perto pela autoridade monetária, “até que não veio ruim”.
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Entre as ações, as ON da Vale, que tem a maior participação no Ibovespa, avançou 1,43% e foram a maior contribuidora por pontos do índice.
As ações dos grandes bancos, que também têm bastante influência no índice, ganharam fôlego no final do pregão e foram alvos de fluxo comprador por corretoras estrangeiras. As PN do Itaú, do Bradesco e as ON do Banco do Brasil subiram 3,39%, 3,24% e 2,88%, respectivamente. O Índice Financeiro ganhou 2,04%.
Segundo o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, as ações do setor bancário estão em forte queda em agosto e o movimento de hoje parece ser de ajuste técnico. Pela manhã, o BC divulgou dados de crédito, “com números positivos, principalmente o de inadimplência”, diz Galdi. O indicador avançou 0,1 ponto percentual, para 5%.
As ON da Minerva, da Marfrig e da Dexco subiram 4,21%, 3,54% e 3,17%, respectivamente, entre as maiores altas percentuais do índice.
Na ponta oposta, os papéis ON do Assaí e da Hapvida recuaram 1,78% e 1,09%, sendo os maiores detratores do Ibovespa. Já as ON do Pão de Açúcar, da Via e da Méliuz cederam 6,78%, 6,45% e 4,28%, respectivamente, e registraram as maiores quedas percentuais.
