Ibovespa cai em dia de ‘risk-off’ global após dados fracos na China

Confira o fechamento do mercado nesta terça (15)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (15) em queda pela décima primeira sessão consecutiva. O índice foi contaminado pelos mercados globais, com receios sobre a atividade econômica da China, após uma nova série de dados econômicos insatisfatórios. As ações da Petrobras chegaram a subir mais de 3% após o anúncio de reajustes nos preços dos combustíveis, mas devolveram parte dos ganhos.

O Ibovespa fechou em queda de 0,55%, aos 116.171 pontos. A sessão teve volume de R$20,9 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Os dados industriais e comerciais mais fracos na China divulgados na madrugada foram mal recebidos pelos investidores e reforçaram a cautela nos mercados globais, principalmente para emergentes mais dependentes do gigante asiático – caso do Brasil.

Segundo o diretor de research da Quantzed, Leandro Petrokas, hoje tivemos um movimento nítido de “risk-off”, uma maior aversão a risco nas bolsas globais, que contagiou o mercado local devido à preocupação com a China.

No âmbito corporativo, o destaque foi para as ON e PN da Petrobras, que chegaram a subir mais de 3%, mas encerraram sem direção definida -0,21% e 0,72%, respectivamente. Pela manhã, a estatal anunciou um aumento de cerca de 16% no valor da gasolina em suas refinarias e uma elevação de 26% no diesel.

Entre as maiores altas percentuais do Ibovespa, figuraram as ON da Vibra e da BRF, que subiram 7,77% e 6,90%, na sequência. De acordo com analistas do Goldman Sachs, o reajuste feito pela Petrobras impacta diretamente as ações da Vibra, com alívio às preocupações do mercado em relação ao represamento dos valores nas refinarias.

Na ponta oposta, as ON da Eletrobras e da Vale recuaram 3,43% e 0,99%, na ordem, sendo as maiores detratoras do Ibovespa.

As ações da Eletrobras caíram em meio à notícia da renúncia do diretor-presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., que será substituído por Ivan Monteiro, até então presidente do conselho.

Já as PN da Gol e da Azul despencaram 12,50% e 6,60%, respectivamente, entre as maiores quedas percentuais. A inclinação da curva de juros e o aumento nos combustíveis, impactaram diretamente as aéreas, segundo Petrokas.