Por: Leandro Tavares
O setor público consolidado do Brasil registrou déficit primário consolidado de R$35,8 bilhões em julho, ante superávit de R$20,4 bilhões no mesmo mês do ano anterior. Já o resultado nominal consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$81,9 bilhões no período, informou o Banco Central nesta quinta-feira.
Segundo o BC, o déficit foi resultado de desempenhos desfavoráveis em diferentes esferas governamentais. O Governo Central registrou um déficit de R$32,5 bilhões, enquanto os governos regionais apresentaram um déficit de R$4,2 bilhões. Por outro lado, as empresas estatais tiveram um superávit de R$904 milhões em julho.
Nos 12 meses encerrados no mês passado, o setor público consolidado registrou déficit de R$80,5 bilhões, equivalente a 0,78% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit nominal, por sua vez, alcançou R$721,8 bilhões no mesmo intervalo, ou 6,96% do PIB.
Em julho, os pagamentos de juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$46,1 bilhões, uma alta de 7,45% em relação ao mesmo período do ano anterior.
ENDIVIDAMENTO
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou 59,6% do PIB em julho, equivalente a R$6,2 trilhões, o que representa um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior. Essa elevação foi influenciada principalmente pela valorização cambial de 1,6% no mês, pelo déficit primário, pelos juros nominais apropriados e pelo efeito da variação do PIB nominal.
Por outro lado, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 74,1% do PIB no mês passado, o que correspondente a R$7,7 trilhões.