Por Bruno Andrade
“Lula cometerá um grande erro se não escolher um ministro ou uma ministra negra [para o Supremo Tribunal Federal (STF)]”, disse o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa em entrevista publicada pelo Valor Econômico nesta segunda-feira (15). A fala acontece após rumores de que o presidente da república deve indicar o seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para a vaga do Supremo.
“Lula foi um ousado ao me nomear. O Brasil ainda vivia o mito da democracia racial. Seria um contrassenso e um paradoxo que, 20 anos depois, quando houve avanço nas políticas de igualdade racial iniciadas no primeiro governo Lula, que este governo não nomeie pelo menos um negro”, disse Barbosa.
Notícias Relacionadas
Especialistas comentam para o FLJ
Obstáculos da Reforma Tributária
A intenção da Reforma Tributária (RT) é modernizar e tornar mais eficiente o sistema de tributos. Mas a transição para o novo modelo, e o novo modelo em si, apresentam obstáculos que impactam negativamente tanto empresas quanto cidadãos. O FLJ ouviu ministros de tribunais superiores e especialistas, como Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de […]
Em entrevista à Bloomberg
Trump defende que Fed deveria se abster de cortar juro antes de eleições
16/07/2024 – O republicano Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos em 2024, afirmou em entrevista à Bloomberg, veiculada nesta terça-feira, que o Federal Reserve deveria se abster de cortar os juros antes de novembro deste ano, data das eleições, e que não removeria do posto o atual chair da instituição, Jerome Powell, antes […]
Barbosa foi o único homem negro a ser um juiz da alta corte brasileira. Na entrevista, ele comentou que o governo Lula se aproxima do que ele classifica como pontos negativos do governo Bolsonaro.
“Tá seguindo a linha do Bolsonaro, com muita propaganda. É preciso sentar e, com moderação, tomar as decisões importantes para o país sem necessidade de todo esse foguetório”, disse.
Barbosa também rechaçou o fato do Brasil querer fazer acordos comerciais com a Argentina e correr o risco de calote apenas pelo fato de Lula ser aliado de Alberto Fenández.
“O país não deve assumir nenhuma responsabilidade, por razões ideológicas ou de camaradagem, com a Argentina porque os governos têm sintonia política”, afirmou o ministro.
