NY: Bolsas caem com Treasuries pressionando techs às vésperas de FOMC

Confira o fechamento das bolsas norte-americanas nesta terça (19)

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Por Gabriel Ponte

Os principais índices acionários de Wall Street encerraram a sessão desta terça-feira (19) em ligeira queda, às vésperas da decisão de juros do Federal Reserve e com pressão das companhias do setor tecnológico, impactadas pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries de dez anos, que renovaram máximas em 16 anos.

O S&P500, o Dow Jones e o Nasdaq 100 recuaram 0,22%, 0,31% e 0,22%, respectivamente.

“Um aumento na busca por proteção pelos investidores hoje desempenhou importante papel, subestimado nos mercados acionários”, avaliou o estrategista-chefe da Simplify Asset Management, Michael Green, à Refinitiv.

O consenso espera que o Federal Reserve manterá os juros americanos inalterados na decisão desta quarta. O banco central americano também irá divulgar amanhã o “Dot-Plot”, relatório trimestral com projeções para diferentes variáveis econômicas. Os analistas do Goldman Sachs projetam que o Fed elevará a projeção de crescimento da economia dos EUA neste ano para 2,1%, mais do que o dobro dos 1,0% estimados no “Dot-Plot” de junho.

Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de dois anos ganhavam 4,1 pontos-base, a 5,099%, e os de dez anos, 5,8 pbs, a 4,367%. Os Treasury yields de dez anos renovaram as máximas desde 2007, diante da alta dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Perto das 17h10, os contratos futuros do petróleo Brent para entrega em novembro avançavam 0,19%, a US$94,61 por barril. Mais cedo, os contratos da commodity alcançaram máxima de US$95,95 por barril, maior nível desde 14 de novembro de 2022.

Na Nasdaq, os papéis da Nvidia e da Amazon recuaram 1,01% e 1,68%, respectivamente, enquanto, na ponta oposta, os da Apple e da Tesla avançaram 0,62% e 0,46%, respectivamente. O setor tech é um dos mais impactados pelas Treasuries americanas.

Já os papéis da Instacart tocaram máxima intradiária de US$42,95 em sua estreia na Nasdaq, após a companhia de entrega de alimentos anunciar uma Oferta Pública Inicial (IPO) precificada a US$30 por ação. A valorização dos papéis concedeu à companhia um valuation superior a US$14 bilhões.