Gol (GOLL4) tem prejuízo de R$ 415,7 milhões no 2T23, queda de 33%

Receita bate recorde com melhora na Smiles e Gollog

Pixabay
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Por Bruno Andrade

Gol (GOLL4) reportou prejuízo líquido recorrente de R$ 415,7 milhões no segundo trimestre de 2023, redução de 33% na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (27). A empresa previa um prejuízo líquido por ação de R$ 1,05.

O prejuízo líquido recorrente retira a receita extra com a variação cambial, que ficou em cerca de R$ 900 milhões. Com o incremento dessa quantia, a Gol teve um lucro líquido de R$ 556,3 milhões no trimestre.

O Ebitda recorrente, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 947,3 milhões com uma margem de 22%. A geração de caixa operacional foi de R$ 675,9 milhões devido a maiores volumes operacionais e iniciativas de capital de giro.

A receita operacional líquida somou R$ 4,1 bilhões, crescimento de 27,9%. O número apresenta a maior receita da história da empresa, com avanços nas unidades de negócios Smiles e Gollog.

“Esse forte desempenho foi impulsionado pela contínua força da demanda, de ampla base. A Companhia também alcançou cerca de R$5,1 bilhões em volume de vendas, impulsionado principalmente pelo viajante a lazer”, disse a Gol.

A receita por assento-quilômetro disponível cresceu 12,2%. Na visão do vice-presidente comercial, Eduardo Bernardes, a disciplina na gestão de yield permitiu a empresa a alcançar um contínuo crescimento de receita unitária.

“Esses resultados foram possibilitados por nossa disciplina de capacidade e gestão de inventário, além de nossos investimentos contínuos em ferramentas e tecnologias para gestão de tarifas e estoques”, explicou Bernardes.

O número de passageiro por quilômetro transportado pago (RPK) aumentou 13,4%, enquanto o total de assento por quilômetro ofertado (ASK) cresceu 14,0%. A taxa de ocupação média (load factor) ficou estável em 76,9%.

A companhia encerrou o segundo trimestre com uma dívida bruta de R$ 21,9 bilhões, recuo de 5,5% na comparação com o ano anterior.

“O prazo médio de vencimento da dívida da Companhia, excluindo os arrendamentos de aeronaves e os bônus perpétuos foi de 3,4 anos. A taxa média da dívida em Reais foi 18,8% e nas obrigações em Dólares Americanos, excluindo arrendamento de aeronaves e bônus perpétuos, foi de 12,6%”, explicou a Gol.

Veja o documento: