Como programa do "carro popular" pode beneficiar empresas da Bolsa

Analistas do Itaú BBA atualizam projeções e impactos da medida

Unsplash
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Por Erick Matheus Nery

O programa do Governo Federal de incentivo a indústria automobilística pode trazer “pequenos impactos positivos” para empresas como a Localiza (RENT3) e a Tegma (TGMA3), de acordo com os analistas do Itaú BBA. Em relatório, os especialistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano repercutiram os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e atualizaram as suas projeções sobre o programa do “carro popular“.

“Dado o orçamento um tanto modesto de R$ 1,5 bilhão para o programa, esperamos um pequeno impacto positivo para Localiza e Tegma no segmento de veículos leves, bem como para Vamos (VAMO3), Tupy (TUPY3), Marcopolo (POMO4) e Randon (RAPT4)“, ressaltam os profissionais em relatório disponibilizado ao mercado na terça (6).

Segundo os números da Anfavea, a produção de veículos leves cresceu 15% em maio ante o mesmo período do ano passado e 28% ante abril de 2023. Além disso, três programas de demissão em massa foram cancelados para acelerar a produção enquanto a indústria se prepara para o aumento das vendas de veículos após as medidas do governo.

Neste cenário, de olho nas empresas listadas na Bolsa de Valores, a Iochpe (MYPK3) e a Tupy são as preferidas do BBA no setor de bens de capital, com recomendação outperform, equivalente à compra. O banco trabalha com os respectivos preços-alvo: R$ 14 e R$ 31.

“A Tegma é uma forma interessante de surfar na redução de impostos para veículos leves no Brasil”, complementam os especialistas. No setor de alugueis, a Localiza também tem recomendação equivalente à compra, com o preço-alvo de R$ 76. No setor de veículos pesados, a indicação dos profissionais é que o investidor compre papéis da Vamos, de olho no preço-alvo de R$ 18.