Prévia da inflação desacelera em abril, mas sente pressão dos preços dos combustíveis

O IPCA-15 de abril avançou 0,57%, ante consenso TC de 0,60% e 0,69% no mês anterior

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Por: Eduardo Puccioni

A prévia oficial da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), apresentou desaceleração em abril, mas segue pressionada pelo grupo de Transportes, puxado pelos preços dos combustíveis. Mesmo diante dessa desaceleração nos preços, o Banco Central (BC) tem sinalizado que ainda não vê espaço para início iminente do corte da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) informou hoje que o IPCA-15 de abril avançou 0,57%, ante Consenso TC de 0,60% e 0,69% no mês anterior. Nos últimos 12 meses, a prévia da inflação ficou em 4,16%, ante consenso de mercado de 4,2%.

De acordo com o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram inflação no mês de abril. A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 ponto percentual) vieram dos Transportes, que haviam subido 1,50% em março. Na sequência, contribuíram com o resultado do mês os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%), com 0,14 p.p. e 0,07 p.p..

Em Transportes, a inflação foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), subitem que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.). Além disso, também houve alta nos preços do etanol (1,10%), que já haviam subido 1,96% em março. Óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%), por sua vez, registraram queda, na contramão dos demais combustíveis (2,84%).

De acordo com estudo do TC Matrix, a difusão da inflação passou de 61,31% em março para 63,22% em abril. A média dos núcleos por exclusão ficou em 0,48% ante 0,46% observada no mês anterior.