Por Fabricio Julião
As taxas de juros futuros caíam acentuadamente nos primeiros negócios desta terça-feira, após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter saído abaixo do esperado pelo mercado, com núcleos benignos e descompressão relevante em itens associados a serviços, aumentando as expectativas de antecipação do corte da Selic.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,71% no mês passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado mostra desaceleração em relação a fevereiro, quando o indicador oficial da inflação foi de 0,84%, e surpreende os agentes financeiros, que estimavam alta de 0,77%, de acordo com o TC Consenso.
O Banco Central vem reforçando há meses a condução da política monetária de acordo com o objetivo prioritário de combater a inflação. Com a inflação mostrando sinais de arrefecimento, o mercado já volta a sondar uma redução da Selic do patamar de 13,75% ao ano.
Por volta de 9h40, todas as taxas de juros futuros operavam em queda. Desde os contratos com vencimentos mais curtos, como em Jan/25, até os contratos com vencimentos mais longos, como em Jan/33, as quedas eram de mais de 10 pontos-base.
Os juros futuros encerraram em leve recuo no dia anterior. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães, voltaram ontem a pressionar o Banco Central por redução nos juros.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ocorrerá nos dias 2 e 3 de maio.