Ibovespa sobe de olho em atividade local e Payroll; PIB surpreende e impulsiona varejo

Confira o fechamento do mercado nesta sexta (1º)

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Por Luana Franzão

O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (1º) em alta, influenciado pelo Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil acima do esperado no segundo trimestre e por dados favoráveis a uma pausa no ciclo de aumento de juros na economia americana.

O principal índice da bolsa fechou em alta de 1,86%, a 117.892 pontos. Na semana, o Ibovespa avançou 1,77%. O volume financeiro foi de R$20 bilhões, acima da média dos últimos 50 pregões.

Pela manhã, foi divulgado o PIB brasileiro no segundo trimestre, que surpreendeu o mercado ao mostrar um crescimento mais robusto. Os dados melhoraram o humor dos investidores no dia porque, embora possam afastar a tese de cortes de juros mais intensos pelo Banco Central, aliviam o cenário do ponto de vista fiscal – sobretudo após a peça orçamentária entregue pelo governo ontem ao Congresso trazer estimativas agressivas para a atividade a para a arrecadação.

Além disso, o avanço do PIB veio pautado pelo crescimento do consumo das famílias, o que é benéfico sobretudo para empresas de varejo e construção, em um contexto de juros ainda em queda. Ao final do pregão, as PN de Alpargatas e as ON de Petz e Lojas Renner subiram 4,99%, 4,93% e 4,62%, na sequência.

Além da cena local, o Ibovespa foi impulsionado pelos dados do relatório urbano de emprego dos EUA, conhecido como “Payroll”. O documento mostrou alta na criação de vagas de trabalho, porém com aumento na taxa de desemprego e um crescimento salarial abaixo do esperado. Assim, os números suportam a tese de que a inflação seguirá controlada, sem maior austeridade na política monetária americana.

Nos destaques do dia, a principal contribuidora para a alta do Ibovespa foi Vale ON, em alta de 5,85%, em linha com o avanço do minério de ferro no mercado asiático – tanto a ação, quanto a commodity tiveram forte valorização na semana e gestores veem espaço para a mineradora continuar corrigindo a diferença de preços com a matéria-prima.

Outras “blue chips” também tiveram um dia positivo, caso da ON e PN da Petrobras, que subiram 3,33% e 2,16%, respectivamente, além dos bancos, com as PN de Itaú e Bradesco subindo 0,86% e 0,27%.

Em um dia amplamente positivo, apenas sete ações recuaram na sessão, com destaque para Méliuz ON, IRB Brasil ON e Marfrig ON, que caíram 5,51%, 2,44% e 0,67%, respectivamente.