Por: Luca Boni
O Ibovespa iniciou a sessão desta quarta-feira em alta, com a maioria dos ativos no positivo. A ações da Vale (VALE3) e do setor Financeiro impulsionam o índice. Investidores repercutem a divulgação de indicadores econômicos locais e seguem atentos à tramitação do arcabouço na Câmara dos Deputados e às declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na 1ª Conferência Anual da autarquia.
Por volta das 10h30, o Ibovespa avançava 1,22%, aos 109.517 pontos. O volume de negócios projetado para a sessão é de R$17,8 bilhões, considerado mediano.
As ON da Vale subiam 2,22%, em sintonia com a alta de cerca de 3% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian na madrugada. O índice de Materiais Básicos avançava 1,79% e liderava as altas entre os índices da B3.
As PN do Itaú e do Bradesco ganhavam 0,82% e 0,78%, respectivamente, enquanto as ON do Banco do Brasil e da B3 avançavam 0,79% e 1,95%, na mesma ordem.
As ações das varejistas sobem, com investidores repercutindo as vendas no varejo de março acima das expectativas, apesar do elevado patamar da taxa básica de juros e dos níveis de endividamento das famílias. No comparativo mensal, as vendas no varejo avançaram 0,8%, ante a expectativa de queda de 0,8%. No comparativo anual, a alta foi de 3,2%%, ante expectativa de queda de 0,1%.
Em uma manhã predominantemente positiva para o mercado acionário em geral, apenas 12 dos 86 ativos que compõem o Ibovespa recuavam. O destaque negativo era das ON da IRB Brasil e da Minerva, que caíam 3,76% e 1,28% respectivamente.
No campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse a jornalistas mais cedo em Brasília que acredita que o regime de urgência para o andamento do projeto do arcabouço fiscal deve ser aprovado ainda hoje. Segundo o relator do projeto na Câmara, deputado Cláudio Cajado (Progressistas), o texto deve ser votado em 24 de maio, na próxima semana.
Durante a abertura da 1ª Conferência Anual do BC, Campos Neto foi questionado sobre mudanças na meta de inflação futura e incertezas na política econômica doméstica. O presidente do BC disse que o Brasil ainda enfrenta desafios para consolidar o processo desinflacionário, “especialmente no quadro fiscal”.