Ibovespa sobe com falas de membros do BC e IPCA-15

Ibovespa avançou 0,64%, aos 126.126.538 pontos

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Por: Luca Boni

O Ibovespa terminou a sessão desta terça-feira em alta, impulsionado pelas ações da Petrobras, da Vale e de empresas do setor financeiro. Investidores reagiram à leve aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) e ao discurso de membros do Banco Central que deram sinalizações positivas sobre a condução da política monetária brasileira.

O Ibovespa avançou 0,64%, aos 126.126.538 pontos. A sessão teve volume de R$17,11 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 de novembro subiu 0,33% na base mensal, ante consenso de alta de 0,30%. Para o economista-chefe do Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, apesar de um pouco acima do esperado, a dinâmica da inflação e do processo desinflacionário é benigna.

Declarações da diretora do BC Fernanda Guardado que sinalizaram que os juros devem continuar em trajetória de queda também impulsionaram o principal índice da bolsa brasileira hoje.

“Nada de muito novo, mas fez o mercado retomar a confiança que faltou ontem na segunda metade da sessão, quando ensaiou entrar em realização de lucros”, afirmou o diretor de investimentos da Mirabaud Brasil, Eric Hatisuka.

Outros fatores para a alta foram o superávit primário de R$18,3 bilhões registrado pelo governo central, e a criação de 190.366 postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos os indicadores referentes a outubro e acima do consenso.

No Ibovespa, as maiores contribuidoras por pontos foram as PN da Petrobras (PETR4) e do Itaú (ITUB4), e as ON da B3 (B3SA3), que avançaram 1,51%, 0,98% e 2,32% respectivamente. No caso da estatal, os papéis subiram em linha com a alta de mais de 2% do petróleo Brent nos mercados internacionais.

Os destaques percentuais foram das ON da Marfrig (MRFG3), da MRV (MRVE3) e da Lojas Renner (LREN3), que subiram 6,77%, 5,41%, e 3,90%, nesta ordem.

Já os destaques negativos ficaram com as ON da Eneva (ENEV3), da Magazine Luiza (MGLU3) e do Grupo Soma (SOMA3), que recuaram 3,06%, 2,55% e 2,29%, respectivamente.

(LB | Edição: Gabriela Guedes | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)