Ibovespa sobe após desaceleração do CPI nos EUA e corte de juros na China

Acompanhe a abertura do mercado desta terça (13)

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Por Luca Boni

O Ibovespa opera em leve alta nesta terça-feira (13), em linha com o otimismo no exterior, após a desaceleração da inflação ao consumidor nos Estados Unidos acima do esperado. Os investidores reagem também ao anúncio de cortes das taxas de juros na China, em nova rodada de estímulos à economia do país que ajuda a impulsionar as commodities hoje.

Por volta das 10h30, o Ibovespa operava em alta de 0,29%, aos 117.680 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$20 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Mais cedo, foi divulgada a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que desacelerou em maio acima do esperado. O dado oferece respaldo para a expectativa de que o Federal Reserve faça uma pausa no ciclo de aperto monetário na reunião de dois dias que se inicia hoje.

A manhã é de valorização das commodities, após a China anunciar uma redução nas taxas de juros de curto prazo para fomentar a economia. O contrato do minério de ferro subiu 0,69% na bolsa chinesa de Dalian na madrugada e o futuro do petróleo Brent avançava 3,15%.

Entre os destaques do Ibovespa, as ON da Vale da CSN e as PN da Gerdau subiam 1,92%, 2,13% e 0,94%, respectivamente. O Índice de Materiais Básicos avança 1,12%.

Os papéis ON da Embraer e as da PRIO avançavam 2,19% e 1,69%, na mesma ordem, figurando entre as maiores altas percentuais do índice.

Na ponta oposta, as ON e PN da Petrobras recuavam 0,61% e 0,48%, na sequência. As ações ensaiam um movimento de correção na sessão após operar nas máximas históricas e acumular uma alta superior a 40% no ano.

As ON da Eneva, da Fleury e da CVC, perdem 4,79%, 1,24% e 1,11%, respectivamente, figurando entre as maiores quedas percentuais até agora.

Na cena política, em julgamento sobre a incidência dos impostos federais PIS/Cofins sobre receitas financeiras, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou votos favoráveis ao governo e contrário aos bancos. Embora o julgamento não tenha sido finalizado, ele já indica uma vitória para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pois o Tesouro Nacional acredita que os bancos deverão pagar algo próximo de R$115 bilhões ao governo referente a impostos não recolhidos.

No aguardo de desdobramentos do tema, as ações dos grandes bancos operam sem direção definida nesta manhã, enquanto o Índice Financeiro tem leve queda de 0,05%.