Ibovespa se ajusta e cai com Vale e bancos

Simpósio Jackson Hole entra no radar do mercado

B3/Divulgação
B3/Divulgação

Por: Luca Boni

O Ibovespa opera em queda na manhã desta quinta-feira, em ajuste motivado principalmente pelas ações da Vale e dos bancos. Com uma agenda de indicadores econômicos mais esvaziada, investidores estão atentos para o início do simpósio de Jackson Hole, no qual são esperados comentários e sinalizações sobre a condução da política monetária americana.

Por volta das 10h20, o Ibovespa recuava 0,52%, aos 117.526 pontos. Se mantido o ritmo atual, o volume de negócios pode chegar a R$17,1 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Do lado doméstico, a aprovação do arcabouço fiscal e de outras pautas econômicas no Congresso nos últimos dias deu fôlego aos ativos de bolsa. Agora, os investidores concentram as atenções no exterior, no aguardo do evento Jackson Hole, que deve trazer indícios sobre a condução da taxa de juros dos Estados Unidos e de outros países.

Durante o simpósio, o discurso mais aguardado é do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, previsto para amanhã. O mercado segue a tese de que o Fed tem espaço para pausar o ciclo de aperto monetário neste ano, mas ainda há dúvidas se a autoridade optará por novas altas residuais – o que reduz a atratividade de bolsas como a brasileira.

Entre os destaques até o momento, as ON da Vale, as PN do Itaú e as do Bradesco recuavam 1,17%, 0,72% e 0,84%, respectivamente, sendo as maiores detratoras do Ibovespa.

Na abertura setorial, as ações de Vale e siderúrgicas recuavam em linha com a queda do minério de ferro na China – o Índice de Materiais Básicos (Imat) caía 0,85% e liderava as quedas entre os índices da B3.  

Entre as maiores quedas percentuais, as ON da Via, da Locaweb e da CSN se desvalorizavam 1,84%, 1,49% e 1,39%, na sequência.

Na ponta oposta, as ON e PN da Petrobras avançavam 0,51% e 0,68%, na ordem, sendo as maiores contribuidoras por pontos do Ibovespa, em meio a uma série de recomendações de “compra” para os papéis da estatal. Ontem, o BTG Pactual e o Bank of America elevaram suas recomendações para as ações para “compra” e, hoje, foi a vez do UBS seguir o mesmo caminho, definindo um preço-alvo em R$42,00 para 2024.