Ibovespa passa a subir com virada de bancos e alívio em Petrobras

Perto das 14h28, o índice de referência da B3 avançava 0,61%, aos 113.704 pontos, com volume projetado de negócios 31% abaixo da média de 50 pregões

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Por: Eduardo Puccioni, Gabriel Brondi e Gabriel Ponte

São Paulo, 25/1/2023 – O Ibovespa passou a subir no início da tarde desta quarta-feira, dia de fraco volume financeiro devido ao feriado em São Paulo, na contramão das bolsas americanas com a melhora das ações dos bancos e com papéis da Petrobras saindo das mínimas da sessão.

Perto das 14h28, o índice de referência da B3 avançava 0,61%, aos 113.704 pontos, com volume projetado de negócios 31% abaixo da média de 50 pregões.

As ações ordinárias Petrobras recuavam 0,96%, tirando 19 pontos do Ibovespa. Já as preferenciais estavam estáveis. Mais cedo, os papéis chegaram a recuar 2,5% e 1,5%,na mesma ordem.

Entrou em vigor hoje o aumento de 7,4% do preço médio de venda da gasolina nas refinarias da Petrobras anunciado ontem. O conselho da petrolífera deve oficializar amanhã o senador petista Jean Paul Prates como membro e presidente interino, segundo fontes citadas em matéria publicada no G1.

Entre os bancos, as ações ordinárias do Banco do Brasil sobem 2,68%, contribuindo com cerca de 29 pontos positivos ao Ibovespa.

Em documento, a Americanas listou o Deutsche Bank como o principal credor entre os bancos, com mais de R$5,2 bilhões (ou US$1 bilhão, em moeda original). A instituição, contudo, disse que não foi afetada pela recuperação judicial da varejista e que atua apenas como agente fiduciário dos títulos da empresa.

A dívida da varejista com o Bradesco soma R$4,5 bilhões; com o BTG Pactual, R$3,5 bilhões, segundo notícia do Valor. Com o Itaú Unibanco, é de R$2,7 bilhões, ainda segundo o jornal.

DÓLAR

O dólar futuro caminha para o terceiro dia de queda, em meio à expectativa de que a Selic tem pouco espaço para ser reduzida neste ano, enquanto a moeda americana reflete ainda a visão de que haverá ajuste mais ameno da taxa básica americana, após o Banco do Canadá sinalizar que deve suspender a alta de juros, faltando uma semana para a reunião do Fomc.

Por volta das 14h10, o dólar futuro cedia 1,14%, a R$5,091 na B3. O Índice Dólar, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de divisas, recuava 0,09%. No mesmo horário, o real era a moeda que mais se valorizava frente ao dólar entre 22 divisas no acompanhamento feito pela Mover no mercado offshore.

O fluxo cambial foi positivo em US$666 milhões de 16 a 20 de janeiro, informou o Banco Central.

JUROS

Os juros futuros seguem operando em queda, em um prolongamento do recuo visto na sessão de ontem, acompanhando o dólar e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano.

Por volta das 14h10, o DI com vencimento em janeiro de 2025 cedia 4 pontos-base, a 12,65%; o de Jan/27 recuava 9,5 ponto-base, a 12,635%; e o de Jan/31 apontava queda de 10 pontos-base, a 12,93%.

Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor caiu 2,2 pontos em janeiro, para 85,8 pontos.

EXTERIOR

Os principais índices acionários americanos seguem em queda após o último lote de resultados corporativos intensificar as preocupações sobre como as empresas estão se saindo à medida que as taxas de juros sobem e os temores de recessão aumentam. O foco está na Microsoft, que junto aos resultados financeiros, divulgou perspectivas menos favoráveis para a receita.

Por volta das 14h30, o Dow Jones cedia 0,63%. O Nasdaq Composite perdia 1,17% e o S&P 500 recuava 0,80%.

A Microsoft perdia 1,51%, mas chegou a recuar mais de 3% depois das projeções decepcionantes para a receita no atual trimestre.

No exterior, o petróleo Brent subia 0,29%, cotado a US$86,38 o barril.