Ibovespa fica estável após queda do minério de ferro pressionar Vale (VALE3)

Perto das 11h08, o Ibovespa recuava 0,03%, aos 106,8 mil pontos

Pixabay
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Por Patricia Lara

O Ibovespa opera perto da estabilidade e hesita em prolongar a sequência de três pregões em alta. Ações da Vale e siderúrgicas estão entre os ativos que pressionam o índice, após notícias de potenciais limitações à produção de aço na China ofuscarem dados acima do esperado da balança comercial do país. Nos Estados Unidos, a queda inesperada da inflação ao produtor reforça a tese de recessão no horizonte, mas amplia a aposta em interrupção do ciclo de aperto monetário, o que impulsiona as bolsas.

Perto das 11h08, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,03%, aos 106.877 pontos.

As ações ordinárias da Vale são as principais influências na baixa, retirando mais de 130 pontos do índice. Os papéis recuavam 0,87%, aos R$79,90. As ON da B3 tiravam outros 106 pontos de suporte, com queda de 2,70%, a R$11,55.

O preço do minério de ferro encerrou a sessão na Bolsa chinesa de Dalian em queda 3%, com informações citadas em agências internacionais de que o gigante asiático planeja limitar a produção de aço deste ano no mesmo nível de 2022. O aumento do risco de recessão também obscureceu as perspectivas para as exportações chinesas de aço, disseram analistas. O recuo ofuscou o dado que mostrou alta de 14,8% das exportações chinesas em março, ante consenso que apontava queda de 7%. As importações recuaram 1,4% ante o consenso que apontava baixa de 5%.

As ações ON da BRF eram a maior queda, com baixa de 4,11%, a R$6,53, seguidas pelas ON da B3, com recuo de 2,45%, a R$11,57.

Na ponta oposta, as preferenciais do Itaú adicionavam 59 pontos de alta para o índice, com avanço de 0,82%, aR$25,83. A Localiza ON também ajudava a dar suporte ao índice, com alta de 1,77%, a R$58,57.

No exterior, o S&P 500 apontava alta de 0,67% e o Dow Jones subia 0,33%. O Nasdaq ganhava 1,39%.

As apostas em interrupção do ciclo de aperto pelo Federal Reserve cresceram nesta manhã após o índice de preços ao atacado em março cair 0,5%, ante o consenso que apontava variação zero. Os pedidos semanais de seguro desemprego tiveram alta de 239 mil, acima do consenso de 232 mil pedidos.