Ibovespa fecha em alta com ações de consumo em destaque, na contramão de Wall Street

O Ibovespa fechou em alta de 1,16%, aos 113.028 pontos, próximo da máxima intradiária de 113.040 pontos

Unplash
Unplash

Por: Gabriel Ponte e Luca Boni

São Paulo, 24/1/2023 – O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira em alta, destoando do exterior, impulsionado por ações de empresas ligadas ao mercado doméstico, enquanto a Petrobras intensificou as perdas após o anúncio de reajuste dos combustíveis.

O índice Bovespa fechou em alta de 1,16%, aos 113.028 pontos, próximo da máxima intradiária de 113.040 pontos. Em termos percentuais, as ações ordinárias da Magazine Luiza subiram 8,66%, seguidas pelas da CVC, que avançaram 8,65%.

Os papéis da Magalu valorizaram após analistas apontarem que a varejista se consolidará entre as mais beneficiadas pela crise instaurada na Americanas. Hoje, segundo informações do jornal O Globo confirmadas pela assessoria, o Bradesco irá processar a Americanas no Brasil e no exterior, assim como fizeram o Banco Safra e o Santander.

As ordinárias da Vale, Eletrobras e Localiza avançaram 1,06%, 1,86% e 3,37%, respectivamente, hidratando o índice em quase 350 pontos.

Os papéis da Vale avançaram mesmo após a mineradora virar ré pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, ocorrido em janeiro de 2019, após denúncia feita pelo Ministério Público Federal. A companhia também segue sem o referencial dos preços do minério de ferro devido ao feriado de Ano Novo Lunar na China.

As ordinárias e preferenciais da Petrobras recuaram 0,75% e 0,71%, respectivamente, enquanto as ordinárias da PRIO perderam 1,28%. Os três papéis desidrataram o índice em mais de 100 pontos.

A Petrobras anunciou hoje que vai reajustar o preço da gasolina para distribuidoras em 7,4% a partir de quarta-feira, no primeiro realinhamento de preço desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência da República. O movimento de correção nos contratos futuros do petróleo Brent também influenciou as quedas nas petroleiras. Ao fim da sessão, os contratos futuros da commodity para entrega em março recuavam 2,25%, a US$86,21, por barril.

Amanhã, investidores estarão atentos à divulgação do fluxo cambial da semana encerrada em 20 de janeiro, pelo Banco Central, e de dados de confiança do consumidor de janeiro, pela Fundação Getulio Vargas.

(Colaboração de Giovanni Porfirio)