Ibovespa cai pressionado por bancos e Petrobras (PETR4)

As ON da MRV subiram 6,89%, após fortes quedas registradas nos últimos pregões

Pixabay
Pixabay

Por Luca Boni

O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira em queda, pressionado por ações do setor Financeiro e da Petrobras. Os papéis da Vale subiram e amenizaram as perdas do índice. Investidores também repercutiram os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

O Ibovespa encerrou em queda de 0,88%, a 102.312 pontos, na terceira desvalorização consecutiva. A sessão registrou um fraco volume de negociação, de R$14,6 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

O setor Financeiro recuou 1,54% e liderou a queda entre os índices da B3. As ON da B3 e PN do Bradesco e do Itaú perderam 4,66%, 1,46% e 1,02%, respectivamente.

As ON e PN da Petrobras caíram 1,43% e 1,26%, respectivamente. Os contratos futuros do petróleo Brent chegaram a cair mais de 4% na sessão, impactando negativamente as ações do setor.

As PN da Gol reverteram os ganhos registrados pela manhã e fecharam em queda de 6,40%, liderando as perdas percentuais do Ibovespa. Segundo o head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, apesar do resultado do primeiro trimestre divulgado hoje de manhã ter sido levemente acima do esperado, houve fortes quedas nas margens da aérea na comparação anual.

Já as ON da Vale avançaram 0,39% e encerraram na mínima do dia, em movimento de ajuste, interrompendo uma sequência de quatro sessões em queda. As ações subiram apesar da leve queda de 0,35% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian nesta madrugada.

As ON da MRV subiram 6,89%, após fortes quedas registradas nos últimos pregões, impulsionadas por notícias sobre o aumento nos subsídios do programa Minha Casa, Minha Vida.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que o IPCA-15 desacelerou para 0,57% em abril, ante Consenso TC de 0,60%, e 0,69% registrados em março. Nos últimos 12 meses, o indicador subiu 4,16%, ante consenso de mercado de 4,2%.

Segundo Fernandes, da A7, apesar de ter vindo abaixo do esperado, ainda é possível perceber a persistência na alta dos núcleos do IPCA-15, que excluem alimentos, energia elétrica e combustíveis, que aceleraram 0,48% em abril, ante 0,46% em março, levemente acima da média histórica. O número reforça o discurso do Banco Central de aguardar a queda dos núcleos antes de iniciar a discussão para cortes na taxa básica de juros brasileira, atualmente no patamar de 13,75%.