Goldman Sachs recomenda posição comprada em real e peso colombiano

O Goldman ainda destacou o Federal Reserve deve seguir hawkish

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Por: Fabricio Julião

O Goldman Sachs recomendou, em relatório divulgado nesta segunda-feira, que os investidores tenham posição comprada em real e no peso colombiano entre as moedas emergentes. 

Segundo o Goldman, as duas moedas conseguem avançar em setembro mesmo com a valorização do dólar no mundo e os elevados preços de petróleo. O head de estratégia de câmbio global e mercados emergentes do banco, Kamakshya Trivedi, destacou que tanto Brasil quanto Colômbia praticam uma política monetária de flexibilização mais gradual, sem “cortes iniciais” maiores — o que significa maior atratividade potencial perante moedas de países desenvolvidos, considerando que há menos mudança no diferencial de juros entre os países.

“Acreditamos que o real tem mais espaço para valorização em relação ao patamar atual, caso o cenário cíclico permaneça favorável. Além disso, o ritmo de cortes dos juros gradual do Copom deixa a moeda mais ‘isolada’ de uma erosão de carry [diferencial de juros]”, afirmou o banco. 

Ainda de acordo com o relatório, o atual patamar dos juros na Colômbia de 13,25% ao ano é mais vantajoso no momento, mas as condições para o real são menos incertas, diante do curso da política monetária local. “Achamos que faz sentido continuar acumulando o ‘carry’ elevado do peso colombiano, mas esperamos que o real conduza a maior parte da posição comprada de nossa recomendação e tenha o melhor desempenho”, disse. 

O Goldman ainda destacou que a política monetária do Federal Reserve deve seguir hawkish — isto é, inclinada ao aumento de juros –, o que favorece o dólar. Segundo o banco, a postura do presidente da autoridade, Jerome Powell, ao sinalizar que “poderia fazer mais” na taxa de juros americana e ao reconhecer que a taxa neutra pode ser mais elevada deve influenciar o comportamento dos mercados nos próximos meses.