São Paulo, 23/06/2025 – O banco suíço UBS passou a recomendar “compra” para as ações do Brasil, citando como fatores que apoiam a tese o provável fim do ciclo de elevação da taxa básica de juros Selic e a perspectiva de mudança política nas eleições de 2026.
Ao elevar o otimismo com o Brasil, que antes tinha recomendação “neutra”, o UBS disse que o país também parece razoavelmente imune a impactos de tarifas do presidente americano Donald Trump, e que o mercado local pode se beneficiar no curto prazo da alta dos preços do petróleo, impulsionados pelo conflito entre Israel e Irã, em decorrência dos ataques dos Estados Unidos aos iranianos.
“O Brasil é um dos mercados mais sensíveis aos preços do petróleo, e geralmente supera o desempenho de outros mercados com preços do petróleo em alta”, escreveram os analistas.
Segundo o UBS, as ações no Brasil parecem “baratas” em seus valuations, devido aos juros mais elevados. Mas o Banco Central deve encerrar os aumentos de Selic, hoje em 15%, e a expectativa é que cortes da taxa de juros possam começar em abril de 2026, “em ritmo mais acelerado que as expectativas de consenso”.
Notícias Relacionadas
Guerra Israel-Irã pressiona petróleo
Temores de que Irã feche Estreito de Ormuz são 'exagerados', avalia Gavekal
São Paulo, 20/06/2025 – Preocupações com a possiblidade de que o Irã promova uma “retaliação máxima” após os ataques de Israel, fechando o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um quarto do petróleo negociado no mundo, “são exageradas”, avaliou a importante casa de análises Gavekal, em relatório publico nesta sexta-feira. Analistas de bancos […]
Decisão do Banco Central
Copom eleva Selic para 15,0% e sinaliza interromper ciclo de aperto monetário
Brasília, 18/6/2025 – O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 25 pontos-base na noite desta quarta-feira, a 15,0%, em linha com consenso do mercado, e disse que antecipa agora uma interrupção no ciclo de aperto monetário, para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, […]
O UBS também cita as baixas taxas de aprovação do presidente Lula, apontadas por diversos institutos de pesquisas, como sinal de potencial mudança de governo nas eleições de 2026.
“Nosso time macro acredita que uma mudança para centro-direita no poder poderia trazer de volta a prudência fiscal, algo que os mercados de títulos (e ações) podem gostar”, apontou o banco.
Atualmente, ações no Brasil negociam com múltiplos 28% abaixo da média histórica de dez anos, o que significa que haveria um grande espaço para avançarem com a queda dos juros à frente, segundo o UBS.
