Ibovespa sobe e interrompe sequência de quedas em dia de vencimento de opções

Confira o fechamento da Bolsa brasileira nesta sexta (18)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (18) em alta, interrompendo a maior sequência de quedas da história e registrando o primeiro pregão positivo de agosto. Em dia de agenda econômica esvaziada, o vencimento de opções sobre ações trouxe mais volatilidade para o mercado, enquanto os riscos para o setor imobiliário e para a economia da China ainda mantêm a cautela elevada.

O Ibovespa fechou em alta de 0,37%, aos 115.408 pontos. Desde segunda-feira o índice acumulou uma queda de 2,25%, o maior recuo semanal desde março. A sessão teve volume de R$16,1 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Segundo o head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, o caso da imobiliária chinesa Evergrande – segunda maior do setor no país e que entrou com um pedido de proteção contra credores nos EUA ontem – acentuou a aversão ao risco nos mercados em geral. No entanto, as expectativas de injeção de estímulos na economia chinesa ajudaram a amparar o Ibovespa em certa medida.

Entre as ações do índice, os papéis do setor financeiro foram os destaques positivos da sessão. As ON da B3, as PN do Itaú e as units do BTG Pactual avançaram 1,71%, 0,79% e 1,49%, respectivamente, sendo as maiores contribuidoras por pontos.

Já as ON da Magazine Luiza, do Carrefour e da Petz subiram 6,38%, 5,24% e 3,91%, respectivamente, nas maiores altas percentuais do Ibovespa. De acordo com o especialista em mercado da GT Capital, Dierson Richetti, a valorização dessas ações está ligada à queda da curva de juros futuros, já que companhias ligadas ao ambiente doméstico são mais sensíveis às perspectivas para as taxas.

Na ponta oposta, as ON da Vale, da Weg e da Rede D’Or cederam 1,11%, 1,76% e 1,85%, nesta ordem, sendo as maiores detratoras do índice.

Para Richetti os papéis da Vale caíram pela falta de informações sobre o que pode acontecer na China. Isso porque, apesar do certo alívio pelos prováveis estímulos ao país, a situação do gigante asiático e do setor imobiliário ainda é sensível. “Há um risco de calote [da Evergrande] e o mercado não tem informações com clareza do governo chinês”, diz.

Entre as maiores quedas percentuais da sessão, os destaques foram as ON da Arezzo, da JBS e as PN da Bradespar, que recuaram 1,45%, 1,23% e 0,93%, na ordem.