Dólar sobe em movimento de ajuste e DIs avançam em linha com treasuries

Acompanhe o fechamento dos juros e da moeda norte-americana nesta sexta (14)

Unplash
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Por Luca Boni

O dólar avançou levemente ante o real nesta sexta-feira (14), após operar sem direção definida ao longo do dia, interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas. As taxas dos contratos de juros fecharam em alta pelo terceiro dia consecutivo, em linha com o avanço das treasuries nos Estados Unidos.

O dólar à vista fechou em alta de 0,12%, a R$4,7954. Em termos semanais, o dólar acumulou queda de 1,53%. Perto das 17h00, o Índice DXY subia 0,21%, aos 99,98 pontos.

A moeda americana valorizou perante algumas outras divisas, em movimento de correção após quedas consecutivas nos últimos dias. Em uma cesta de 22 divisas acompanhadas pela Mover, o dólar subia frente a 10.

Os investidores aproveitam o dia para promover uma correção de posições no mercado de câmbio, enquanto observam a possibilidade de uma política monetária menos contracionista nos EUA e no Brasil.

Mais cedo, o real chegou a ser a moeda com melhor desempenho ante o dólar em uma cesta de 22 divisas acompanhadas pela Mover. Ao longo do dia, o desempenho da moeda brasileira perdeu força, enquanto o dólar ganhou terreno frente a outras economias emergentes, como peso mexicano, peso argentino, rublo e lira turca.

Os contratos futuros de DI com vencimentos em Jan/25 fecharam em alta de 4,5 pontos-base a 10,90%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 subiram 11 pontos-base a 10,32%, e os vértices para Jan/31 em alta de 11 pbs, a 10,77%.

Os contratos de juros estressaram e avançaram em linha com as treasuries americanas, que registraram uma forte alta na sessão de hoje. Investidores reagiram à alta inesperada das expectativas de inflação de um ano nos EUA, apuradas pela Universidade de Michigan, que subiram para 3,4%, acima do consenso.

Segundo analistas, o movimento dos juros também passa por uma correção. Como as taxas se aproximam da faixa de 10%, a retirada adicional de prêmio de risco nos DIs é mais difícil e demanda que o ciclo de corte de juros se inicie de fato no Brasil.