DIs curtos caem de olho em Campos Neto e corte da Selic; dólar recua

Confira o fechamento do dólar e dos DIs desta segunda (12)

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Por Fabricio Julião

O dólar e os contratos de juros futuros curtos caíram na sessão desta segunda-feira (12), enquanto os vértices longos subiram levemente. O movimento ocorre com o maior apetite ao risco dos investidores e a aposta no corte de juros pelo Banco Central em breve, após falas do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, reforçaram a expectativa de inflação menor.

Ao fim da sessão, os DIs com vencimento em Jan/24 e Jan/25 recuaram 3 pontos-base e 4,5 pbs, respectivamente, a 12,99% e 11,03%. Já os vértices para Jan/29 e Jan/31 subiram, na mesma ordem, 2 pontos-base e 1 pb, a 10,86% e 11,12%.

A curva das taxas dos contratos de juros futuros abriu o pregão em queda generalizada, reflexo das estimativas de inflação menores registrada pelo boletim Focus. De acordo com os economistas consultados pelo BC, as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passaram de 5,69% para 5,42% em 2023, e de 4,12% a 4,04% em 2024. Para 2025, as apostas passaram de 4% para 3,90%, enquanto o número foi de 4,00% para 3,88% em 2026.

O movimento de baixa arrefeceu ao longo do dia, em ajuste após as sucessivas quedas acumuladas, e a curva encerrou com as duas pontas em direções opostas. A ponta curta manteve o movimento de queda após as falas de Campos Neto em encontro promovido por líderes do varejo, onde ele destacou que o declínio dos juros futuros de longo prazo abre espaço para a atuação do BC.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,16%, a R$4,8681, no menor patamar deste junho de 2022.

Até às 17h, o real era a moeda que mais se valorizava diante do dólar. A moeda americana cedeu pela sexta vez em sete sessões, devido ao ambiente propício à tomada de risco no Brasil. O Credit Default Swap (CDS), que mede o risco de crédito de um emissor, também conhecido como risco-país, está no menor nível desde 2021, o que corrobora com o ambiente de maior entrada de capital no país. Segundo a última atualização, na sexta-feira, o CDS do Brasil está em 194.110 pontos, em uma trajetória de queda desde março deste ano.