BofA prefere PRIO (PRIO3) entre "junior oils"; analistas passam facão na 3R (RRRP3)

Especialistas atualizaram projeções das empresas; saiba mais

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A equipe de análise do Bank of America revisou nesta segunda-feira (3) as projeções para as ações de petroleiras independentes – também conhecidas como “junior oils” –, colocando a PRIO (PRIO3) como a favorita no segmento e cortando pela metade o preço-alvo para a 3R Petroleum (RRRP3), embora tenha mantido a recomendação de “compra” para ambas e para a PetroReconcavo (RECV3).

Citando uma redução de cerca de 10% em suas projeções para os preços do petróleo em 2023 e atualizando estimativas para o câmbio, os analistas do BofA elevaram o preço-alvo para os papéis ordinários da PRIO de R$54 para R$55 por ação, enquanto as previsões para a 3R foram reduzidas à metade, de R$90 para R$45 por ação ON.

No caso da PRIO, o time do banco americano disse ver forte potencial para a valorização dos papéis, que devem se beneficiar do fim do imposto sobre exportação de petróleo, do aumento da produção em Albacora Leste e da operação do campo de Wahoo, que em 2024 deve levar a produção da empresa a cerca de 140 mil barris por dia.

Sobre a 3R Petroleum, os analistas do BofA disseram que adotaram uma abordagem mais cautelosa quanto à curva de produção da empresa, uma vez que ela tem ficado aquém das expectativas do mercado em termos de bombeamento de óleo e gás.

“Estamos cortando nossas recomendações de longo prazo para 3R em cerca de 40%… mas reiteramos nossa recomendação ´compra´ para 3R, uma vez que ainda acreditamos no potencial da companhia para revitalizar ativos maduros comprados da Petrobras e entregar certo nível de crescimento da produção”, escreveram, em relatório.

Para a PetroReconcavo, o BofA reduziu o preço-alvo de R$34 para R$29 por ação ON, mantendo a “compra” por expectativas de melhora substancial nos resultados no segundo semestre. Os analistas ainda avaliam que a companhia pode ter espaço para pagar dividendos atraentes, principalmente se acabar não fechando a aquisição do Polo Bahia Terra, da Petrobras (PETR4).