Alimento em domicílio nos EUA recua pela primeira vez desde setembro de 2020

Ainda, os preços de habitação subiram 0,6% no comparativo mensal, após alta de 0,8% em fevereiro

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Por: Patrícia Lara

Os preços da alimentação dentro das casas dos americanos registraram a primeira queda desde setembro de 2020, informou o Departamento do Comércio. A queda foi de 0,3%, no comparativo mensal, contribuindo para que os preços do grupo alimentação ficassem inalterados. Em 12 meses até março, o grupo alimentação acumula alta de 8,5%.

O dado amplo de inflação ao consumidor nos Estados Unidos mostrou desaceleração mais profunda do que a esperada em março, enquanto o núcleo do índice, que elimina itens voláteis de alimentos e energia, acelerou na base anual, ainda que em linha com o consenso, diante da pressão dos custos de habitação.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano teve alta anual de 5% em março,confirmando o nono mês seguido de

desaceleração. O dado ficou abaixo do consenso de 5,2%, após alta de 6% em fevereiro. Na comparação mensal, o CPI subiu 0,1%, abaixo do consenso, que apontava desaceleração do CPI para 0,2%, após alta de 0,4% em fevereiro. O núcleo do CPI teve alta mensal de 0,4%, confirmando o consenso e mostrando desaceleração ante 0,5% em fevereiro.

Em contrapartida, o núcleo desse indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, acelerou para 5,6%, em linha com o consenso e ante 5,5% no mês anterior, diante dos custos com habitação, um grupo que inclui despesas como aluguel e seguro residencial até acomodação fora de casa, como em residências estudantis e hotéis.

HABITAÇÃO

Os preços de habitação subiram 0,6% no comparativo mensal, após alta de 0,8% em fevereiro. Em 12 meses até março, esse item acumula alta de 8,2% em bases não-ajustadas.

O índice de energia caiu 3,5% em março, acelerando a baixa após recuar 0,6% em fevereiro. Em 12 meses, a queda acumulada desse grupo foi de 6,4%.

Os americanos conseguiram encher os tanques de seus carros com um custo menor. Os preços da gasolina recuaram 4,6% em março, após aumento de 1% no mês anterior.

Os futuros de Nova York subiam, ainda que o S&P 500 tenha saído das máximas atingidas inicialmente após os dados. O S&P 500 subia 0,70%, enquanto o Nasdaq avançava 0,88% e o Dow Jones subia 0,56%.