Ibovespa cai com maior aversão ao risco no exterior

Petrobras tem leve alta com possibilidade de reajuste no preço da gasolina

B3/Divulgação
B3/Divulgação

Por: Luca Boni

O Ibovespa opera em queda na manhã desta segunda-feira, contaminado pelo mau humor e o maior sentimento de aversão ao risco no mercado global após notícias de que o setor imobiliário chinês segue apresentando problemas. Do lado doméstico, os balanços seguem no radar dos investidores, que avaliam os números de uma série de empresas – caso da Embraer, destaque nesta manhã.

Por volta das 10h20, o Ibovespa operava em queda de 0,43%, aos 117.553 pontos. O índice caminha para a décima queda consecutiva, a maior sequência de perdas desde o surgimento do Plano Real, em 1994. O volume de negócios projetado para a sessão é de R$46 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Os principais índices da Ásia fecharam em queda no primeiro pregão da semana, com rumores de uma reestruturação da imobiliária Country Gardens. Os receios de uma crise imobiliária no país e uma retomada mais lenta da atividade econômica do país asiático levantam temores de desaceleração da economia mundial, o que leva os investidores à busca de ativos de segurança.

Entre as ações, a maioria das “blue chips” opera no campo negativo, caso das ON da Vale, da B3 e as da Eletrobras, que recuam 1,70%, 1,62% e 0,98%, entre as maiores detratoras do Ibovespa.

As ON da Hapvida, da Méliuz e da YDUQS recuam 2,29%, 2,17% e 1,96%, na sequência, entre as maiores quedas percentuais da sessão.

Na ponta oposta, os balanços trimestrais seguem como catalisadores para os destaques do dia. Entre as maiores altas, destaque para as ON da Embraer, que avançam 4,23%.

Mais cedo, a Embraer reportou um lucro líquido de R$279,3 milhões no segundo trimestre, um aumento de 20% na comparação anual, em meio ao aumento de 47% na entrega de aeronaves.

As ON e PN  da Petrobras também ensaiam um pregão positivo, com altas de 0,60% e 0,42%, respectivamente. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) que a companhia discute a possibilidade de aumentar o preço dos combustíveis em breve, segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo.