PRIO (PRIO3), 3R (RRRP3) ou PetroRecôncavo (RECV3): Quem pode sofrer com a nova política da Petrobras?

Analista aponta que uma das ações está blindada a esse problema

Pixabay
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Por Bruno Andrade

A 3R Petroleum (RRRP3) e a PetroRecôncavo (RECV3) podem sofrer com a nova política de preços da Petrobras (PETR4), disse o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman ao Faria Lima Journal (FLJ) nesta quarta-feira (17). Já a PRIO (PRIO3) está blindada dessa possível crise.

Na véspera, a estatal adotou uma nova política de preços. A empresa abandonou de vez o Preço de Paridade de Importação (PPI) e disse que vai levar em conta o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a companhia.

Para Albertman, o fato da Petrobras não praticar mais o PPI pode ser uma grande pedra no sapato da 3R Petroleum e Petrorecôncavo, visto que as duas companhias vendem petróleo para Petrobras.

“Há o risco da estatal não praticar o PPI na compra. Com isso, as duas empresas podem ter uma lucratividade menor que a esperada quando o petróleo subir no mercado internacional, visto que elas não vão receber o preço considerado justo pelo mercado”, explicou Arbetman.

PRIO surge como solução

O analista comenta que a única empresa que pode pode sair de toda essa possível confusão política é a PRIO (PRIO3). Ele acredita que o fato da companhia não vender seus produtos para a estatal gerida, atualmente, pelo PT.

“A PRIO vende todo o seu petróleo para o mercado externo, ou seja, ela sempre vai continuar com o PPI, pois venderá seus produtos no valor do barril do Petróleo Brent”, afirmou.

Por isso, o especialista está otimista com a ação e afirma que ela é a sua favorita do setor. “Temos cobertura para empresa e ela é a melhor do setor justamente por estar blindada à essas questões políticas”, concluiu Arbetman.

Em seu relatório mais recente, a Ativa Investimentos possui preço-alvo de R$ 46 para PRIO para o final de 2023. A cifra apresenta uma potencial alta de 30,4% na comparação com o fechamento de terça-feira (16).