PRIO deve ter melhor resultado entre 'junior oils' no 3º trimestre, dizem analistas

Ambiente para petroleiras foi positivo no último trimestre, segundo especialistas

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Por: Luciano Costa

A PRIO (PRIO3) caminha para divulgar hoje um resultado recorde para o terceiro trimestre, em balanço que deve ser o destaque entre as empresas de óleo e gás privadas listadas em bolsa — conhecidas como “junior oils”. É o que mostram projeções de bancos de investimentos compiladas pela Mover.

“O ambiente para as petroleiras independentes no trimestre foi positivo, com preço do petróleo de em média US$86 por barril, alta de 10% na comparação trimestral, e com o fim do imposto sobre exportações, que expirou em junho”, escreveram analistas do Itaú BBA em relatório.

“Esperamos que a Enauta seja o destaque negativo do período e a PRIO, o positivo, com mais um trimestre de resultados limpos e números recordes”, acrescentou o time do BBA, liderado por Monique Greco. Ainda segundo o banco, a companhia deve continuar apresentando redução de custos de extração.

Enquanto a PRIO vem apresentando evolução positiva na produção, que atingiu a casa dos 100 mil barris por dia, a Enauta sofre com interrupções em seu principal campo, de Atlanta, na Bacia de Campos.

A 3R Petroleum (RRRP3), por outro lado, deve mostrar avanços significativos nos resultados operacionais, após assumir o Polo Potiguar, entregando redução nos custos de extração, apontou o Santander Corporate & Investment.

A PetroRecôncavo também deve ter melhora nos resultados trimestre a trimestre, com aumento na produção de petróleo e gás, mas seguirá afetada por restrições ao escoamento da produção do ativo Potiguar, destacou a XP em relatório.

A expectativa do mercado é de que a PRIO reporte lucro líquido de US$335 milhões entre julho e setembro, segundo o TC Consenso, salto de 80% em base sequencial. O EBITDA é projetado em US$621 milhões. 

Para a 3R Petroleum, os analistas consultados para o TC Consenso veem forte avanço nos resultados operacionais, mas com um resultado líquido negativo de R$93 milhões — revertendo o lucro de R$79 milhões no segundo trimestre. O EBITDA deve ficar em R$715 milhões, um avanço frente aos R$199 milhões do trimestre anterior, com o Polo Potiguar e ativos associados contribuindo para os números.

A PetroReconcavo tem ganhos estimados em R$186 milhões no período, também de acordo com o TC Consenso, uma alta de 12% frente ao trimestre anterior, com impacto das limitações de escoamento. O EBITDA deve alcançar R$415 milhões, ante R$319 milhões no período anterior.

Para a Enauta, apenas o Itaú fez previsões, que sinalizam prejuízo de R$96 milhões, revertendo lucro de R$19 milhões há um ano e R$41 milhões no segundo trimestre. O EBITDA deve cair 120% ano a ano e 204% em base sequencial, para -R$53 milhões, devido às paradas no campo de Atlanta.

(LC | Edição: Juliana Machado | Comentários: equipemover@tc.com.br)