Oi (OIBR3) tem prejuízo de R$ 1,26 bilhão no 1º trimestre

Empresa entrou em recuperação judicial pela segunda vez

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Por Bruno Andrade

Oi (OIBR3) reportou um prejuízo líquido de R$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre de 2023, mostra documento enviado ao mercado na noite desta quarta-feira (14). O número representa uma reversão do lucro de R$ 1,62 bilhão no mesmo período do ano passado.

O Ebitda de rotina (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) somou R$ 193 milhões, queda de 84,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Os efeitos dessa queda estão associados à conclusão da venda das operações de mobilidade, que tinha uma contribuição positiva e da infraestrutura de fibra, em linha com o plano estratégico de transformação da Oi”, afirmou a empresa.

receita líquida foi de R$ 2,5 bilhões, recuo de 42,6% na comparação com os R$ 4,4 bilhões registrados anteriormente.

“A queda da receita no comparativo anual foi uma consequência da conclusão das vendas das operações descontinuadas, que incluía o segmento de mobilidade e a UPI InfraCo, como previstas no Plano Estratégico de Transformação da Companhia”, disse a empresa.

Oi apresenta fluxo de caixa menor

O fluxo de caixa operacional apresentou redução de 94%, alavancada pela queda significativa do Capex, encerrando o trimestre em R$ 26 milhões.

“Com o amadurecimento do modelo da fibra, combinado às ações de eficiência de custos, é esperada uma melhora gradual e progressiva no perfil de geração do fluxo de caixa operacional”, disse a companhia.

O caixa consolidado ficou em R$ 1,8 bilhão, queda de 44%. Segundo a Oi, o consumo de capital de giro foi a principal razão para a perda do caixa consolidado. Esse uso do capital foi feito por quarto fatores.

  • Arrecadação sazonalmente menor em função da quantidade reduzida de dias úteis do período;
  • Sazonalidade de pagamentos a fornecedores, especialmente os relacionados ao Capex reconhecido no trimestre anterior;
  • Despesas rescisórias; e
  • Efeitos não caixa no EBITDA

Por fim, a empresa disse que teve uma menor posição de dívida líquida com uma redução de 33,4% no comparativo anual.

Veja o documento: