Engie: Elétrica ainda estuda nível de dividendos e olha mais negócios em transmissão

Empresa ainda não definiu o nível de proventos de 2023

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Por: Luciano Costa

Em teleconferência, a Engie Brasil Energia (EGIE3) comentou os resultados do terceiro trimestre, divulgados nesta segunda-feira (6), com observações do diretor financeiro (CFO), Eduardo Takamori, e do gerente de Relações com Investidores, Rafael Bósio.

A Engie Brasil ainda não definiu o nível de proventos de 2023, que terá que ser compatível com o momento de expansão da companhia, disse o CFO. No primeiro semestre, a Engie distribuiu o mínimo de 55% do lucro, ante 100% entre 2020 e 2022. No terceiro trimestre, não houve deliberação sobre proventos.

“Há uma conjuntura de fatores, de oportunidades que aparecem de investimento, de reciclagem de capital, muita coisa que pode acontecer. Seria prematuro de nossa parte cravar datas, momentos, volume e percentual de ‘payout’”, disse Takamori, após pergunta de um acionista. 

“O que podemos comentar aqui de forma bem clara é que nossa política de dividendos se mantém inalterada, o pagamento mínimo será de 55%”, disse Bósio. 

O atual cenário de preços baixos no mercado de energia do Brasil, devido às chuvas abundantes nas hidrelétricas, está dificultando investimentos em novos projetos de geração, e com isso a Engie começa naturalmente a olhar mais para transmissão, disse Takamori.

A Engie também tem projetos para expandir as hidrelétricas de Salto Osório e Jaguara em até 1 gigawatt em potência, mas isso dependeria de um leilão do governo para viabilizar projetos como esses, disse Takamori. Há expectativa no mercado de energia de que o leilão possa ocorrer em 2024.

(LC | Edição: Machado da Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)