CVC vê turismo aquecido e reestruturação já gerando melhoras, dizem diretores

Ações desabam no Ibovespa hoje após balanço do 2T23

Divulgação
Divulgação

Por Ana Luiza Serrão

A nova gestão da CVC Corp (CVCB3), que assumiu há dois meses, liderada por Fábio Godinho, já tem visto alguma melhora nas operações após ter iniciado reestruturação, que envolveu a captação de R$550 milhões com uma oferta subsequente de ações em junho, disseram executivos em teleconferência de resultados nesta quarta-feira.

O diretor financeiro da maior empresa de serviços turísticos da América Latina, Carlos Wollenweber, afirmou que ainda não é possível mensurar quão rápido serão vistos os efeitos positivos, mas contou que houve avanço no ‘take rate’ de produtos no mês passado em produtos ‘B2C’, voltados a consumidores.

O CEO da companhia, por sua vez, destacou ver um cenário promissor para o setor de turismo à frente, especialmente com o ciclo de flexibilização da taxa básica de juros. Segundo Godinho, o mercado já está indo muito bem, refletindo impactos positivos do avanço do Produto Interno Bruto (PIB).

Godinho também disse que a empresa deve reverter a tendência de fechamento de lojas em um período entre seis e dezoito meses. “Vamos ganhar market share, sem dúvidas”, afirmou durante a teleconferência com analistas e investidores.

A CVC reportou um prejuízo líquido de R$167 milhões no segundo trimestre, um pouco inferior ao TC Consenso, de R$176 milhões. A equipe do Santander Corporate & Investiment disse que o balanço veio “fraco, como esperado”, cerca de 11% abaixo de consensos, embora dentro das projeções do banco.

Os analistas liderados por Ruben Couto avaliaram que a captação da CVC com a oferta deve apoiar uma recuperação nos próximos meses, mas disseram esperar reação negativa do mercado aos resultados, mantendo visão neutra sobre os papéis devido à falta de visibilidade sobre como os esforços de reestruturação vão avançar.

Por volta das 15h40, as ações ordinárias da CVC caíam 7,29%, a R$2,67, ao passo que o Índice Bovespa recuava 0,72%, a 118,2 mil pontos. O recuo dos papéis acumulado nos últimos 12 meses é de 66,37%.