Por Bruno Andrade
As ações da CVC (CVCB3) saltavam 10,82%, a R$ 4,61 por volta das 15h09min desta sexta-feira (9). A alta acontece após a empresa anunciar que contratou o Citigroup e o Itaú BBA para coordenar a potencial oferta pública de distribuição primária de ações.
O valor mínimo do montante será de R$ 200 milhões, mas a companhia comentou que a quantia pode ser maior e ainda incluir novos lotes. Mas afinal, a notícia é uma virada de jogo para empresa ou o investidor deve ter cautela com as ações?
Para Lucas Lima, Analista de Ações da VG Reasearch, a primeira coisa que deve ser feita é o investidor saber qual é o seu perfil. Caso o interesse seja em lucrar com no curto prazo o melhor é ter um pouco de distância.
“Para quem está olhando mais para o curto prazo, as ações da CVC podem sofrer com um possível Overhang, gerando bastante volatilidade com essa oferta de ações”, disse Lima.
Já para os investidores de longo prazo, o analista é mais aberto e enxerga a ação como uma boa oportunidade.
“Para o investidor de médio e longo prazo, gostamos do posicionamento na companhia no valuation atual. A empresa vem conseguindo solucionar o seu maior problema dos últimos anos que foi a estrutura de capital e ganha folga para pensar mais em crescimento”, explicou.
Um dos motivos para esse otimismo é que a empresa investiu bastante em tecnologia nos últimos 2 anos e se aproximou um pouco dos principais pares em termos de experiência do cliente.
“Outro fator é que a empresa pode ser beneficiada diretamente pela queda dos juros, que está próxima”, concluiu Lima.
Investidor deve acompanhar CVC de perto
A opinião de Lucas Lima não é unanime. Para Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, não é qualquer investidor que pode comprar as ações da CVC. Ele comenta que os papéis oferecem um alto risco por causa da reestruturação que a empresa vem passando.
“Para os investidores interessados no setor de turismo e em empresas com iniciativas de reestruturação, essa notícia pode representar uma oportunidade de investimento a ser considerada”, afirmou.
Por isso, ele diz que o ideal é comprar a ação somente quem entende muito sobre o assunto ou quem acompanha a empresa de perto
“É recomendado acompanhar de perto a execução do plano anunciado e monitorar os resultados da empresa nos próximos trimestres para uma avaliação mais precisa do seu desempenho no mercado”, concluiu Gonçalvez.